Foi homologado no último dia 17 de maio, na Justiça do Trabalho, o acordo trabalhista entre a Telefônica Brasil (Vivo), sua terceirizada Vikstar Services Technology e os sindicatos dos trabalhadores em telecomunicações e telemarketing Sinttel-Piauí, Sinttel-Paraná e Sintratel cidade de São Paulo e Grande São Paulo. O valor inicial das indenizações é de R$ 84 milhões.
A Vikstar prestava serviços de call center à Vivo em cinco locais de São Paulo, Paraná e Piauí. A tele rescindiu o contrato no dia 18 de março.
O acordo garante todas as verbas rescisórias e um incentivo ao desligamento, dando opção por ressalvar e cobrar individualmente as verbas controversas, passivos trabalhistas e estabilidades provisórias, caso fiquem pendentes.
Também está garantido que todos os empregados com créditos a receber desde 2019 também terão oportunidade de avaliar o interesse em aderir ao PDI, condicionado à concordância do advogado do processo.
Avanço
João Augusto de Carvalho Ferreira, advogado da BNZ Advogados, que representa a Vikstar, considera que o acordo foi um avanço nas negociações que aconteceram no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TRT 22ª Região, do Piauí.
"Avalio que foi uma vitória para os trabalhadores graças à ação sindical que agiu com firmeza e assegurou o direito de todos os empregados nos três estados envolvidos no contrato", disse João Moura, presidente do Sinttel-Pi.
Os funcionários que aderirem ao Programa de Demissão Voluntária receberão um valor adicional de 20% do salário base por ano trabalhado; 30% para quem tiver de um a dois anos; e 20% por ano trabalhado para os que tiverem acima de dois anos, com teto de 1,5 salário. Quem aceitar o acordo não poderá ajuizar ação trabalhista.
Ainda não foram pagos os funcionários com débitos de recisão atrasada