O spin-off da rede de fibra da Vivo em parceria com o fundo canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), a FiBrasil, também está seguindo conforme o planejamento da operadora, com previsão de fechamento no segundo semestre. Mas um novo detalhe foi revelado: haverá um período de exclusividade para a Vivo na construção da infraestrutura em novos locais.
O CEO da empresa, Christian Gebara, afirmou nesta quinta-feira, 20, durante live da XP Investimentos, esse aspecto do contrato. "Quem tem exclusividade por um tempo é a Vivo", colocou, sem revelar qual seria o prazo.
"A gente vai continuar construindo a própria rede, e em paralelo teremos a FiBrasil. Vai ter time-to market porque são duas [construções] ao mesmo tempo, e somos cliente com exclusividade [temporária] e temos participação significativa também", afirmou.
O aspecto é relevante porque a TIM Brasil adotou modelo semelhante na parceria com o fundo IHS para formação da FiberCo. A questão é que, por conta dessa exclusividade inicial, a operadora afirma que não se trata de uma rede neutra, mas sim "aberta" para terceiros após o prazo de seis meses. No anúncio em março, a Vivo afirmava que a nova empresa seria uma "rede neutra e independente de fibra por atacado".
A FiBrasil será operadora em modelo de controle partilhado com o fundo canadense. A Vivo cedeu 1,6 milhão de homes-passed, e espera atingir 5,5 milhões nesse projeto até 2024. Sozinha, a operadora conta com 16 milhões de homes passed (contra 12 milhões em 2020), com planos de chegar em 2024 à marca de 24 milhões de HPs. Fechada em março, a transação tem custo de R$ 1,8 bilhão e já foi aprovada pelo Cade, restando agora a anuência (ou não) da Anatel.