Huawei lança sistema operacional para IoT

A Huawei quer ser para o ecossistema de Internet das Coisas (IoT) o que a Microsoft foi com o Windows nos computadores e o Google tem feito com o Android nos smartphones, mas ainda sem esperar retorno financeiro com isso. A companhia chinesa anunciou nesta quarta-feira, 20, durante o Huawei Network Congress 2015 em Pequim, um sistema operacional dedicado para dispositivos de IoT, o LiteOS. A plataforma, que já está disponível comercialmente, é um software de código aberto que aposta na leveza – tem apenas 10 KB no total – para trazer 20% maior eficiência energética e desempenho 80% mais rápido para conectar objetos, segundo a empresa. A fabricante afirma ainda que o sistema é 25% menor do que concorrentes.

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O presidente da divisão de produtos de switching e enterprise da Huawei, Liu Shaowei, afirma que a companhia está aberta a parceiros desenvolvedores, e que já conta com alguns acordos – além de uma empresa de robótica para indústrias na China, há "quatro ou cinco outras parcerias". A fabricante aposta em soluções de sensores, módulos de comunicação e smart meterings para smart grids.

Como é uma plataforma de código aberto, Shaowei afirma que não há intenção de retorno imediato. A companhia pretendia atender a uma demanda para a camada de acesso, além de fornecimento de equipamentos de rede. "Não estamos tentando fazer dinheiro com o sistema operacional. Após a maturidade do IoT facilitada com o ecossistema, daí podemos trazer coisas (produtos) da Huawei, mas, até lá, não achamos que podemos fazer muito dinheiro com o LiteOS", declarou.

Segundo explicou o diretor do board e de estratégia de marketing da Huawei, William Xu, o sistema pode ser autoconfigurado para facilitar a implantação em larga escala, com diferentes tipos de objetos, finalidades e ambientes. "Como é um software pequeno, pode ser eficiente, então consome muito pouco de bateria – uma pilha pode ser usada continuamente (no equipamento com o LiteOS) por cinco anos", garante. A plataforma ainda conta com adaptação multi-interface, com conexão via Zibee, Bluetooth e outros, além de multiprotocolo de conversão, PLC (power line communications) e Wi-Fi.

A companhia chinesa também garante que o sistema conta com segurança por meio do gateway e soluções antiATP (advanced persistent threats, malwares embutidos em sistemas e que atacam os sistemas por dentro com códigos maliciosos). Outro ponto é a compatibilidade com latência mínima, abaixo de 1 ms, conseguida com tecnologias de conectividade como um combinado de Wi-Fi com LTE, ou mesmo o futuro 5G.

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