A Ericsson observou um trimestre "encorajador" com redução de prejuízo e melhora da margem, indicando que as medidas de busca de eficiência operacional e financeira, incluindo corte de quadro profissional, estão dando retorno para a fornecedora sueca. Segundo balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira, 20, a receita líquida da companhia caiu 9% no período, totalizando 43,4 bilhões de coroas suecas (US$ 5,14 bilhões). Segundo a fornecedora, a queda se deu ao desempenho em áreas de mercados do Nordeste da Ásia, assim como Sudeste asiático, Oceania e Índia. Por outro lado, afirma que as outras regiões mostraram crescimento. Na região Europa e América Latina, a receita cresceu 7% e totalizou 13,1 bilhões de coroas suecas (US$ 1,55 bilhão).
O prejuízo operacional foi reduzido: de 11,3 bilhões (US$ 1,34 bilhão) no primeiro trimestre de 2017 para 0,3 bilhão neste começo de 2018. Já o prejuízo líquido caiu de 10 bilhões de coroas suecas (US$ 1,18 bilhão) para 0,7 bilhão (US$ 830 milhões). O fluxo de caixa das atividades operacionais deixou de ser negativo – 1,5 bilhão de coroas suecas (US$ 180 milhões) para positivo no primeiro trimestre deste ano, com 1,6 bilhão de coroas suecas (US$ 190 milhões).
Em comunicado, o presidente e CEO da Ericsson, Börje Ekholm afirmou que a empresa continua focada na estratégia de negócios, e que "os esforços para melhorar a eficiência na entrega de serviço e custos comuns estão começando a dar resultado", citando a melhora na margem bruta, de 19% para 36%, chegando próximo à meta do grupo de 37% a 39% até 2020. Apesar da busca por mais economias, ele se compromete a investir em pesquisa e desenvolvimento por entender que poderá gerar margens maiores. "Vamos continuar a aumentar nossos investimentos em P&D em redes para liderar em 5G", afirma.
Na área de redes, Ekholm afirma que a companhia conseguiu um portfólio mais competitivo nos últimos três trimestres de 2017, resultando em ganhos de market share. A margem nessa divisão melhorou de 35% para 40%.
Vale lembrar que no período, a fornecedora sueca demitiu mais de 3 mil funcionários, totalizando quase 18 mil desligamentos desde julho do ano passado. Com isso, afirma ter obtido uma economia de aproximadamente 8,5 bilhões de coroas suecas (US$ 1,01 bilhão), comparado à meta de 10 bilhões (US$ 1,18 bilhão) para a metade de 2018.
"As melhoras no trimestre são encorajadoras", declara o executivo. "Entretanto, mais trabalho precisa ser feito. Temos confiança na direção estratégica estabelecida e permanecemos totalmente comprometidos com nossas metas de longo prazo." Para o futuro próximo, espera maior foco em 5G, área em que espera novo fluxo de receitas e que afirma estar em "discussões iniciais" sobre melhoria da banda larga móvel.