TJ-SP volta a exigir que Twitter forneça dados cadastrais de usuários

Após ter suspendido em fevereiro a decisão que obrigava o Twitter a fornecer dados de usuários, a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) recuou e determinou nesta quinta-feira, 20, que o site quebre o sigilo de um grupo de usuários. A motivação foi uma ação cautelar proferida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que alegava ofensas cometidas por seis perfis na rede social.

O caso foi levado ao colegiado do TJ-SP com voto do relator para limitar a abrangência da decisão a seis usuários. Alckmin tinha a intenção de obter "dados cadastrais" para mover ações contra cada um deles, mas o pedido não foi levado adiante pelo desembargador Paulo Teixeira Leite na época. Agora, o desembargador considerou que os usuários usaram expressões que "ao menos em tese", poderiam se configurar em ofensa moral. De acordo com o site Conjur, entre as expressões estavam "ladrão", "ladrão de merenda", "nazifascista" e "inescrupuloso". Segundo a ação original, alguns dos usuários apenas compartilharam notícias. 

A ação, que foi efetuada por advogados representantes da pessoa física do governador, queria ainda "a indenização material e moral proporcional ao agravo, já que invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas". Diz também que os direitos individuais "não podem servir de escudo de proteção para a prática de atividades ilícitas" e cita violação ao mesmo artigo 22 do MCI. Na época, o Twitter argumentou na defesa que algumas mensagens "não passaram de repasse de notícias veiculadas por jornais de grande circulação, o que não seria abusivo por si só, a justificar quebra de sigilo determinada".

Notícias relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!