Presidente da Microsoft sobre app stores: "Qualidade é mais importante que quantidade"

A Nokia lançou a nova linha dos smartphones Lumia com a Microsoft nesta quarta, 20, mas o grande foco foi na camada de software com o Windows Phone 8. O sistema operacional aposta na convergência com outras plataformas, como computadores, tablets e até mesmo o videogame Xbox 360. Mas, independente do hardware, o sucesso da aposta dependerá do ecossistema de aplicativos.

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Atualmente, a Windows Phone Store, loja virtual de programas para o sistema para smartphones, conta com 125 mil aplicativos no Brasil, quantidade inferior à da App Store, da Apple (700 mil apps) e da Google Play (650 mil títulos), embora ambas contabilizem junto aplicativos para tablets. Durante o evento do lançamento dos Lumia para a imprensa em São Paulo, o presidente da Microsoft no Brasil, Michel Levy, diminuiu a importância dos números. "Quantidade é importante, mas qualidade e utilidade são mais", declarou.

Levy se diz satisfeito com a parceria com a Nokia para levar desenvolvedores a produzir aplicativos nacionais. Segundo ele, o que estimula é a possibilidade de atingir uma base grande de usuários não apenas mobile. "A plataforma Windows 8 permite reaproveitar o código e pode, com muito poucos ajustes, ser adaptada para outros dispositivos", afirma. Um aplicativo da companhia aérea Azul, por exemplo, foi desenvolvido em menos de 20 dias para Windows Phone 8 graças ao código 80% igual ao do sistema para desktops.

Trabalho com desenvolvedores

O presidente da Microsoft Brasil garante também que o modelo de remuneração faz com que haja motivação aos parceiros. Os pagamentos seguem o padrão da Apple: o desenvolvedor recebe 70% de participação no faturamento e paga um fee de 30% para a Microsoft.

Segundo o gerente geral de Windows Phone na Microsoft Brasil, Celso Winik, a companhia está juntando esforços com o Instituto Nokia de Tecnologia para ajudar no desenvolvimento, publicação e identificação de nichos de mercado, além de negócios com operadoras e varejo. "Estamos fomentando o ecossistema da plataforma no Brasil", diz.

O feedback dos desenvolvedores, ele afirma, tem sido positivo, pois o trabalho em conjunto com a Microsoft é parte do core business da empresa. "Eles dizem que é muito mais rápido desenvolver aplicativos para Windows Phone", garante. Outra vantagem, na visão de Winik, é que há oportunidade de atingir uma grande base instalada. "A Nokia está amplificando portfólio, trazendo devices de diversas faixas de preço, e deve ampliar ainda mais no Brasil. Isso é estímulo, porque começa a massificar a plataforma".

Os aplicativos são todos testados pela Microsoft e o tempo para publicação pode durar de sete a quinze dias, caso tudo esteja dentro das regras. Para atualização, o processo é mais rápido. "É extremamente simples se registrar na Store, é possível gerenciar compartilhamento de receita e tem dashboard para vendas. Além disso, temos marketing de aplicativos, chegamos próximos aos usuários para ajudar a divulgar", explica.

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