São Paulo frustra com ágio de apenas 50,87%

A mudança de humor das operadoras de celular no segundo dia do leilão do 3G não ficou restrita aos primeiros lotes vendidos nesta quarta-feira, 19. A capital paulista ? área mais aguardada, e tida como a mais nobre da licitação ? teve resultado frustrante se comparado aos da terça, 18, ao registrar ágio médio de 50,87%. Ao todo, as empresas Vivo, TIM, Claro e Oi desembolsaram R$ 759,3 milhões ante os R$ 503,262 milhões do somatório do preço mínimo estipulado pela Anatel. Para se ter uma idéia de quão menor foi a disputa, o superintendente de Serviços Privados da agência, Jarbas Valente, havia projetado ontem à noite que o ágio por esta área deveria girar em torno de 150%.
Valente preferiu ser político e não criticou o resultado da disputa pela área metropolitana de São Paulo. Ao contrário, justificou o baixo ânimo com o fato de as operadoras serem obrigadas a levar o ?osso? da Região Norte ao arrematar as licenças. ?No caso de São Paulo, pesou (a obrigação de levar a Região Norte) no business plan?, declarou o superintendente. Mas a Anatel não soube explicar o inesperado desinteresse da Nextel, responsável por puxar o ágio dos lotes vendidos nessa terça-feira, 18.
Para Valente, talvez a operadora não estivesse interessada desde o início em São Paulo, ao demonstrar forte apetite pela área I, que abrange Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe e Bahia. Neste contexto, a Nextel estaria mais interessada em expandir suas operações fora do centro paulistano. Mesmo assim, a operadora de trunking continua participando dos repiques de todos os lotes, apesar de não ter arrematado nenhum até o momento.

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O bloco J, novamente, ficou com a Vivo, que continua sem ter maiores problemas para comprar todas as áreas nesta freqüência. A operadora pagou R$ 168,7 milhões pelas áreas III (SP capital) e IV (Norte), o que representa um ágio de 50,85%. A segunda a garantir sua entrada no 3G no mercado paulistano foi a TIM, com ágio de 34,13% sobre o preço mínimo, desembolsando R$ 225 milhões pelo bloco F (o de 15 MHz). A Claro venceu a disputa pelo bloco G com lance de R$ 178,1 milhões (ágio de 59,25%). A última a arrematar freqüências na capital paulista foi a Oi, que pagou R$ 187,5 milhões (ágio de 67,66%).

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