Mesmo reconhecendo complexidades, a TIM avalia ser possível a liberação antecipada da faixa de 3,5 GHz, o que poderia acelerar o lançamento de serviços 5G em algumas localidades. Para tal, a experiência adquirida em processo similar realizado no 700 MHz pode ser importante.
Durante o último dia do 35º Seminário Internacional ABDTIC 2021 (evento coorganizado por TELETIME) nesta sexta-feira, 19, o diretor de regulamentação da TIM, Carlos Eduardo Franco, traçou tal paralelo em debate com Anatel e Ministério das Comunicações (MCom).
"A história da EAD [entidade responsável pela limpeza do 700 MHz após o leilão do 4G] traz a perspectiva de que, no âmbito da EAF, de novo a gente consiga chegar em um ponto ótimo, trazendo a mesma maturidade", afirmou Franco, em referência ao diálogo necessário com o setor da radiodifusão.
"Interesse em antecipar nós temos, para lançar o 5G standalone o mais rápido possível, mas sempre com a segurança do processo como premissa. Se todas as etapas ocorrerem antes do planejado, a antecipação é possível, mas depende de fatores técnicos, políticos e mercadológicos. Olhando a experiência da EAD no 700 MHz, o prognóstico é positivo", completou o diretor da operadora.
Para tal, seria necessária a assinatura dos termos de autorização do 3,5 GHz ainda em dezembro. Antes disso, a adjudicação das faixas precisa ser homologada pelo Conselho Diretor da Anatel; o conselheiro Carlos Baigorri foi escolhido relator da etapa.
Só a partir da assinatura dos termos que o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na Faixa de 3.625 a 3.700 MHz (o Gaispi) será formalmente constituído, com representantes do governo, das vencedoras do leilão e das emissoras de TV que hoje utilizam o 3,5 GHz.
Liderado pelo conselheiro Moisés Moreira, o grupo ficará responsável por aprovar a liberação antecipada da faixa em localidades sem risco de interferência do 5G na TVRO. Já a EAF será a entidade que executará as atividades aprovadas pelo Gaispi.