Pouco mais da metade dos 610 milhões de habitantes da América Latina possui ao menos uma linha ativa de telefonia celular. Ao todo, são 318 milhões de latino-americanos usuários do serviço, o que equivale a 52% da população da região, informa relatório da GSM Association (GSMA) divulgado nesta terça-feira, 19. Essa penetração está acima da média mundial, que é de 38%. Contudo, ainda está abaixo do registrado em mercados desenvolvidos, onde quatro em cada cinco habitantes utiliza o serviço. Isso indica que ainda há espaço para o crescimento da base de assinantes na América Latina.
O total de linhas em serviço na região é de 631 milhões, o que representa uma penetração de 104%. Isso acontece porque muitas pessoas têm mais de uma linha ativa, especialmente usuários pré-pagos, que têm aparelhos com duas ou mais entradas de SIMcards. A penetração média mundial é de 79%.
Dados
A GSMA avalia que a indústria móvel na América Latina está entrando em um novo estágio de maturidade. O crescimento da base vai desacelerar, enquanto, por outro lado, aumentará a base de usuários com terminais 3G e 4G, elevando a receita das operadoras com tráfego de dados. A estimativa da entidade é de que a quantidade de conexões de banda larga móvel (3G e 4G) na região suba de 200 milhões ao fim deste ano para 500 milhões em dezembro de 2017. Com isso, o volume mensal de dados móveis trafegados na América Latina aumentará de 55 mil Terabytes em 2012 para 723 mil Terabytes em 2017.
A penetração de smartphones, por sua vez, deve fechar este ano perto de 20%, o que é um pouco abaixo da média mundial, e alcançar 44% em 2017. Isso abrirá as portas para novos serviços de valor adicionado, especialmente em áreas como educação e saúde. A GSMA estima que o mercado de saúde móvel na América Latina deverá movimentar sozinho US$ 1,6 bilhão em 2017, por exemplo.