Anatel testará convivência entre LTE e TV em campo e em laboratório

Apesar dos testes de convivência entre o LTE e a radiodifusão estarem sendo realizados pelos dois setores, a Anatel também prepara uma bateria de medições. Os testes de campo foram marcados para o dia 9 de dezembro em Pirinópolis (GO). Já os testes em laboratório acontecerão no Inatel, em Santa Rita do Sapucaí (MG), a partir de fevereiro do ano que vem.

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De acordo com o presidente substituto da Anatel, conselheiro Jarbas Valente, a Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), o SindiTelebrasil, além de Oi e da fabricante Huawei darão apoio aos testes. Segundo Valente, a ideia é apresentar os resultados à União Internacional de Telecomunicações (UIT), de forma a subsidiar os demais países-membros.

A demora na realização dessas medições tem sido duramente criticada pela radiodifusão, especialmente porque os estudos preliminares encomendados pela SET à Universidade Mackenzie mostraram que a interferência é grave, e não apenas nos canais mais próximos da faixa da banda larga móvel. "Que confiabilidade nós teremos com testes tão rápidos", questiona o presidente da SET, Olímpio José Franco.

O representante da Abratel, André Trindade, lembra que muitas operadoras de TV por assinatura por satélite utilizam a antena aberta para entregar os canais abertos aos seus clientes, de modo a poupar banda satelital. Esse fato adiciona complexidade, porque mesmo alguns clientes de TV por assinatura poderão ser prejudicados pela interferência. "Por mais que se fale que 19 milhões de residências recebem a TV por assinatura, elas também estarão sujeitas à interferência", afirma ele.

Segundo Trindade, os demais países que adotaram o padrão nipo-brasileiro de TV digital estão preocupados com a possibilidade de haver interferências que possam prejudicar o serviço. "Os testes da Anatel estão sendo bastante aguardados pela radiodifusão e pelos demais países que adotaram o padrão nipo-brasileiro de TV digital. Percebemos que eles estão bastante preocupados", afirma ele.

450 MHz

O leilão da faixa de 700 MHz permitirá que as operadoras levem a banda larga com muito mais qualidade para a área rural. Pelo menos essa é a expectativa do conselheiro Jarbas Valente. Com o LTE, a operadora móvel pode oferecer banda larga de 10 Mbps, sendo que a obrigação no edital de 2,5 GHz/450 MHz é de 1 Mbps.

Além disso, como o edital deve permitir o compartilhamento de frequência nas cidades pequenas, uma única empresa poderá ficar com toda a faixa naquele município (40 MHz + 40 MHz) o que possibilitaria oferecer até 25 Mbps.

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