Os serviços de banda larga e internet geraram R$ 630 milhões de receitas operacionais da Telesp/Telefônica até o terceiro trimestre deste ano. Foi um crescimento de 37% sobre o mesmo período do ano passado, quando os mesmos serviços totalizaram R$ 460 milhões. A receita de SVA tem crescido mais que o dobro em relação às receitas tradicionais, geradas por voz. Na comparação, a receita dos serviços tradicionais cresceram 14,8%, de R$ 8,118 bilhões para R$ 9,320 bilhões, de setembro do ano passado para o mesmo período deste ano, respectivamente. As receitas totais cresceram 16%, no mesmo período, e passaram de R$ 8,585 bilhões para R$ 9,951 bilhões. Os dados foram divulgados em conferência realizada pelo CFO do grupo Telefónica, Santiago Fernández Valbuena, para investidores, nesta última quinta-feira, 18, em Barcelona.
Também a Telefónica da Argentina (TASA) apresentou resultados relativos semelhantes, que demonstram o crescimento dos SVAs bastante superior aos das receitas tradicionais. Assim, os serviços de internet e de banda larga da TASA cresceram 42,2% entre setembro do ano passado e o mesmo período deste ano, enquanto as receitas tradicionais aumentaram apenas 7,5% e as receitas totais tiveram uma elevação de 9,4%.
Banda larga
O crescimento das receitas de SVA reflete, segundo a apresentação de Valbuena, o esforço do grupo Telefónica para expandir os acessos ADSL. Na Telefónica Latinoamerica, os acesso de banda larga cresceram 85% de setembro do ano passado para o terceiro trimestre deste ano. São 1,212 milhão de acessos até setembro deste ano (655 mil em setembro de 2003 e 404 mil em setembro de 2002). Na Telesp/Telefônica houve uma adição líquida de 231 mil acessos nos nove primeiros meses deste ano e na TASA, mais 80 mil acessos somente até setembro.
No total do grupo Telefónica, os acessos ADSL somavam, até setembro, 2,157 milhões de assinantes e a estimativa do grupo é que isso represente um market share em banda larga de 58%. A margem Ebitda somente dos acesso ADSL, também em setembro, foi de 34,3%.
Na comparação com as receitas tradicionais, o CFO da Telefónica apresentou a variação das receitas operacionais de telefonia fixa doméstica das principais incumbents européias no período de setembro do ano passado para setembro deste ano: a KPN, da Holanda, apresentou um decréscimo de 8,2%; Deutsche Telecom, queda de 5,8%; Portugal Telecom, queda de 1,6%; British Telecom, redução de 1,4%; e France Telecom, decréscimo de 1,1%. Somente apresentaram crescimento a Telecom Italia (1,6%) e a Telefónica (2,3%).