Controladora da Claro, a mexicana América Móvil reportou nesta terça-feira, 19, resultados operacionais do terceiro trimestre marcados por recuo nas receitas (após pressões cambiais) e no lucro líquido, que somou 15,811 bilhões de pesos mexicanos (ou cerca de US$ 780 milhões).
O resultado ficou 16,4% abaixo do registrado pela empresa no mesmo período do ano passado. Já a receita total do conglomerado somou 253,3 bilhões de pesos no trimestre (cerca de US$ 12,5 bilhões), em queda nominal de 2,6%.
Descartados efeitos cambiais, a receita orgânica de serviços teria alta de 4,5%, afirma a América Móvil. A empresa explicou que, ao longo do trimestre, o peso mexicano se valorizou frente diversas moedas de mercados onde opera, ganhando 10,2% frente ao dólar e 7,2% ante o real. No Brasil, a receita ficou estável.
Em release sobre os resultados, a AMX também destacou falta de componentes para a indústria de diversos segmentos e dados de inflação ultrapassando estimativas nos Estados Unidos e em outros países como itens de pressão.
Por outro lado, a maior margem Ebitda em nove anos foi comemorada pela empresa, que encerrou setembro com o indicador em 34,6%. Os 87,6 bilhões de pesos mexicanos registrados no trimestre simbolizam cerca de US$ 4,3 bilhões. México, América Central, República Dominicana e Peru estiveram por trás da expansão de 1,3% do Ebitda no trimestre.
Operacional
Somando todas as operações, a América Móvil encerrou setembro com 301,9 milhões de acessos móveis ativos, em alta trimestral de 1,4%. Do total de linhas, 69,9 milhões são brasileiras e 79,3 milhões, mexicanas.
O avanço no segmento móvel no trimestre envolveu 4,2 milhões de novos acessos, com México (577 mil) e Brasil (307 mil) liderando a chegada de clientes. No segmento pós-pago, praticamente metade das adições da AMX foram oriundas da Claro. A receita móvel da operação brasileira cresceu 9% no período.
Além disso, a AMX concentra outros 80 milhões de unidades geradoras de receita no negócio fixo, que seguiram estáveis no trimestre. 31 milhões estão no Brasil e 21 milhões, no México. No trimestre, houve 57 mil adições, mas desconexões em TV por assinatura ainda foram notadas.