Satisfeita com operação de banda larga no Brasil, HughesNet não planeja mudanças para enfrentar concorrência

Pradman Kaul, CEO mundial da Hughes, que controla a operação HughesNet de banda larga em banda Ka no Brasil, diz que mesmo com as dificuldades econômicas atravessadas pelo Brasil, todas as metas foram cumpridas com precisão de semanas. "Estamos extremamente satisfeitos com o Brasil e com a aposta no país. A equipe aqui está se saindo muito bem", diz ele em conversa com este noticiário. A empresa já ultrapassou a marca de 100 mil assinantes e não vê sinal de diminuição no ritmo. Os planos da HughesNet tampouco mudaram com a competição com a Yahsat, que está entrando no mercado este ano, ou com a eventual concorrência da Viasat, sua principal concorrente nos EUA. Haverá expansão da capacidade dentro do programado e a empresa não planeja mudar sua estratégia. "Nos EUA, a nossa oferta começou focada no ADSL, onde nem havia 3G ou 4G. Agora miramos as regiões mal servidas, mas não concorremos com a fibra ainda, mas já conseguimos oferecer 100 Mbps, o que é bastante para bater o 4G. Aqui seguimos o mesmo caminho". Segundo o CEO global, o Brasil continuará recebendo investimento em mais capacidade e melhores satélites. "Temos que estar com a melhor tecnologia e com a melhor estratégia competitiva, isso é chave para a competição. Já competimos com a Viasat nos EUA todos os dias, temos 61% de marketshare, então estamos confiantes", diz Pradman Kaul.

A aposta da Hughes no mercado de banda Ka residencial no Brasil era natural para a empresa depois do mercado norte-americano. "O mercado da Índia é muito restrito e a Europa é muito complexa. O Brasil era um grande mercado, muitas oportunidades e tínhamos uma presença forte no mercado corporativo". Para ele, mesmo com os limites regulatórios e tributários do Brasil, o tamanho do mercado justificou o investimento.

Na experiência da Hughes, o elemento chave para o sucesso de uma operação de banda Ka é a rede de distribuição. Segundo Rafael Guimarães, CEo da empresa no Brasil, este é um elemento especialmente importante no país pelos desafios de instalação e as diferenças regionais, que exigem muito conhecimento local. "Isso também vale para os EUA e para qualquer lugar no mundo", diz Kaul.

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A operadora não vê, pelo menos no curto prazo, um modelo de bundle de serviços para operadoras de banda larga em banda Ka. "Para ter um bundle você precisa duas empresas para agregar serviços, e ainda não chegamos nesse ponto".

Criatividade

Como os ciclos tecnológicos do satélite são mais longos, explica Pradman Kaul, é preciso ser mais criativo na oferta. Mas isso não inclui bundles com outros serviços. A prioridade nos EUA tem sido ajuste na qualidade dos serviços, tamanho das franquias e variações de preço.

O próximo desafio da indústria de banda larga é a quinta geração dos serviços móveis (5G). "Ainda estou confuso sobre o que vai ser a 5G, mas assumindo que que será um sistema wireless com mobilidade e muita velocidade, teremos que entender o lado econômico do negócio. Ainda acredito que estejamos muito no começo desse jogo", afirma o CEO da Hughes. "Com certeza será uma tecnologia e tanto, porque eles têm uma bela tecnologia, e muito espectro, e isso é chave. Quanto espectro você tem é determinante. Nos EUA o governo deu tudo para 5G, inclusive uma parte do espectro de satélites em 28 GHz. Mas os custos ainda são tão altos e o alcance é curto, então acho que será uma tecnologia predominantemente urbana", diz Kaul. "Não sei se 5G concorrerá conosco, mas eles querem todo o espectro. Estamos brigando pelo espectro, ele dizem que satélite é irrelevante e nós, obviamente, estamos reagindo e dizendo o contrário. Podemos prover backhaul para 5G".

O caminho para a competitividade do mercado de satélites está em uma combinação entre constelações geoestacionárias (GEO), que têm condições de oferecer um valor menor por Mbps, e órbita baixa (LEO), que têm cobertura global, diz o CEO da Hughes. "Essa é uma solução muito efetiva. Por isso investimos na OneWeb e estamos construindo o segmento terrestre". Os dois primeiros gateways da OneWeb já estão sendo preparados e os primeiros 10 satélites entram em operação no começo do ano que vem.

Outra fronteira ainda pouco clara, diz Pradman Kaul, é a Internet das Coisas. "Sabemos que vai acontecer e que tem viabilidade, mas precisamos entender. Mas acho que nesse caso existe um papel bastante claro para a indústria de satélites, porque os sistemas serão globais e nós temos essa cobertura".

Um mercado que a Hughes acompanha há muito tempo e onde enxerga potencial é o de soluções de distribuição por wifi a partir de estações V-Sat. "Temos uma experiência na Índia com mais de 20 mil pontos. Mas com banda Ku. Os custos não eram muito interessantes e tivemos que desacelerar, mas com Ka temos outra equação". Este é um dos modelos que a Viasat já anunciou que explorará no Brasil e a HughesNet tem planos de testar o modelo.

4 COMENTÁRIOS

  1. A implantação pioneira no Brasil, deste projeto "internet Banda Larga via-satélite, chegar aonde nenhuma outra chega," com grande alcance de cobertura, realizada pela empresa HughesNet, que em parceria com o Grupo Elsys, proporcionaram a inclusão digital de povoados, e de moradores de áreas mais remotas deste País, é relevante em todos os aspectos. Ultrapassar a marca de bem mais de 100 mil assinantes, em aproximadamente 3 anos de implantação deste projeto, mostra o quanto o mercado é promissor. Agora, espero também, que a empresa comece a observar a qualidade da internet que está sendo oferecida. Há inúmeras reclamações. De certa forma, não deixa de ser natural diante da demanda de tantos assinantes. Mas, ações necessárias, dede a qualidade da internet, e como ainda, um preço bem mais acessíveis a esta população, na maioria carente e de baixa renda econômica. Proporcionar o acesso da internet, é importante. Agora, oferecer qualidade de serviço ao assinante, é fundamental e necessário!

  2. Fico feliz por participar desse grupo quê Estamos vendo crescer dia a dia fico muito contente em poder apresentar para meus clientes uma empresa tão dedicada e empenhada em permanecer como líder Mundial.
    Espero que possam sempre estar nos oferecendo condições melhores para temos sempre o melhor para oferecer para nossos clientes.

  3. com certeza a hughesnet,ja deixou sua marca tambem no brasil,mas e necessario sempre olhar para a qualidade do produto. pois nao deve esquecer que e lider mundial .

  4. Infelizmente contratei os serviços de internet via satélite da Hughesnet, porém estou muito insatisfeito e arrependido. A promessa de alta velocidade quando da contratação, na prática dura muito, muito, muito pouco. O pacote de entrada de (franquia mensal de 10 Gigas) custa caro (R$ 200,00) e com apenas um ou dois dias uso a franquia acaba e a velocidade de conexão cai para 400 ou 700 (no máximo) Mb, não dá pra acessar nenhum serviço de stream (Netflix, Youtube, ect). Voce não pode rescindir o contrato sem pagar a multa equivalente a uma anuidade. Concluindo, um dos piores serviços de banda "larga" oferecido no mercado.

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