Presidente da TIM quer mudança na LGT para mais espectro

Para o atual momento de expansão da banda larga no Brasil, o CEO da TIM, Stefano de Angelis,  vê a utilização da faixa de 700 MHz como ideal. No entanto, frisa que quanto mais banda, melhor para a universalização do serviço. "O mínimo que vamos precisar nos próximos anos é o dobro", disse ele em conversa com jornalistas nesta quarta, 19, na Futurecom. O executivo ressalta que, para isso acontecer, o governo precisa trabalhar no novo marco legal das telecomunicações, permitindo ampliar o limite (cap) de espectro e, assim, permitir a expansão da banda larga residencial por meio da rede móvel.

"Nós estamos chamando um pouco a atenção para a parte da regulamentação que precisa ser atualizada para 4G e 5G, de maneira que o País explore a ultra banda larga residencial com acesso móvel", disse o executivo. "Vamos precisar de espectro. Hoje nós temos um espectro que não vai dar todas as oportunidades que nós podemos ter na expansão da banda larga móvel para o acesso residencial". Além da faixa de 700 MHz, que permite maior alcance na cobertura do que a frequência atual de 2,5 GHz, de Angelis gostaria de poder contar com a faixa de 850 MHz, com a qual empregou a tecnologia 3G.

Expansão e investimento

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O executivo revelou que a operadora tem feito leilões para os próximos três anos com foco na construção de cada trecho de sua rede de fibra ótica como parte da política de "zero linhas alugadas" (mas que mantém o swap de fibras). Além disso, de Angelis confirmou durante painel no evento que a companhia está negociando com fornecedores a compra de novos equipamentos para a banda de 700 MHz, mas não deu detalhes.

A TIM confirmou o investimento de R$ 12 bilhões nos próximos três anos. Embora a operadora tenha traçado um plano de redução de custos de aproximadamente R$ 600 milhões por ano, o presidente da tele alega que se trata de corte apenas financeiro, mas não operacional ou de expansão de infraestrutura. Dentre as mudanças, a empresa trabalha com o redimensionamento do call center, reengenharia dos processos de vendas e renegociação com terceiros e fornecedores. Até o final do ano, a empresa quer atender mil cidades com 4G, chegando a mais de 90% da população em 2018.

Também para promover o "turnaround comercial", a operadora pretende focar na manutenção da base pré-paga e maior penetração no pós-pago. Para Stefano de Angelis, a estratégia de distribuição de aparelhos, e dos planos "one size fits all" em um País de dimensões continentais não foram acertadas. Assim, ele quer maior segmentação da base por região e por perfil de cliente para aumento da penetração de uso de dados, mas ainda valorizando os serviços tradicionais. "Ainda temos mais de 20 milhões de clientes que só usam voz, o marketing tem que pensar nesses clientes", declara.

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