Pouco antes do novo horário limite determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para bloqueio dos recursos que permitiram o restabelecimento do X no Brasil, a própria plataforma interrompeu o uso da rede de distribuição de conteúdo Cloudflare, considerada pivô do episódio.
É o que relatam provedores regionais de Internet reunidos na Abrint. Durante os últimos testes sobre como proceder com a nova ordem de bloqueio do STF, verificou-se que o X apontava novamente para os IPs anteriores – bloqueados pelas operadoras desde o final de agosto.
"Ou seja, houve o cancelamento do Proxy Reverso e tudo voltou como antes, no bloqueio total", afirmou a Abrint, no fim desta tarde. Além da Cloudflare, as empresas EdgeUno e Fastly também eram objeto da ordem de bloqueio do STF.
A entidade de provedores regionais ainda alertou possíveis danos colaterais para provedores que tenham efetuado o bloqueio da Cloudflare – o que poderia gerar impacto em demais serviços, dado o caráter compartilhado das CDNs.
A ordem
Na última quarta-feira, 18, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, indicou uma nova lista de IPs a serem bloqueados pelas operadoras após o X utilizar redes de distribuição de conteúdo (CDNs) para driblar a suspensão vigente no Brasil. A Anatel apontou movimento deliberado da plataforma.
Já a empresa afirmou que o episódio foi acidental e prometeu retomar o bloqueio no Brasil, enquanto trabalha com o governo para restabelecer a plataforma no País de forma legal. No momento, a empresa estaria negociando a indicação de novos representantes legais no Brasil, indicou nesta quinta-feira a CNN.
A plataforma X está bloqueada pelas operadoras no País desde 30 de agosto, por determinação do STF. A decisão ocorreu após a rede de Elon Musk se recusar a cumprir ordens judiciais de remoção de conteúdo e deixar de contar com representantes legais no Brasil.