A operadora Vero ingressou com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) e deve ser a próxima provedora regional de telecom a abrir capital no Brasil.
A solicitação foi protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta última quarta-feira, 18. Itaú BBA, UBS, BTG Pactual, Santander, XP e JPMorgan devem ser os coordenadores das ofertas primária e secundária previstas pela empresa.
A Vero nasceu em 2019, da união de oito operadoras de telecom de Minas Gerais e com apoio da Vinci Partners, de quem é investida. No primeiro semestre de 2021, a empresa teve receita líquida de R$ 190,6 milhões e margem Ebitda de 47,5%.
Já ao longo de 2020, a receita líquida apontou R$ 211,3 milhões, com uma margem Ebitda de 45,8% – indicando assim um avanço nas cifras em 2021.
Clientes
A base de assinantes reportada pela Vero em junho é de aproximadamente 500 mil clientes, incluindo cerca de 80 mil da Neorede (adquirida em operação ainda sujeita a fechamento). Já as homes-passed (HPs) com fibra somariam 1,8 milhão.
A Vero ainda conta com uma infraestrutura de cabos FTTH de mais de 18,2 mil km nos estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de um backbone de 5,5 mil km que cobre um total de 152 cidades. Mais uma vez, os dados já consideram a Neorede.
Segundo o prospecto, de 100 cidades onde opera há mais de dois anos, a Vero já teria liderança da banda larga fixa em 60 e vice-liderança em 30.
No horizonte de expansão estão 2,3 mil cidades, sendo que 465 cidades já foram identificadas como atrativas nas regiões de atuação da Vero ou próximas. A parceria com redes neutras das operadoras tradicionais também foi apontada como oportunidade; a empresa foi a primeira cliente anunciada da V.tal, recém-criada pela Oi.
Em termos de aquisições, a Vero ainda informou buscar alvos com tíquete médio de pelo menos R$ 90 e mais de 20 mil clientes na base, sendo pelo menos 85% atendidos por fibra óptica. A empresa já finalizou 13 compras desde sua criação.
O IPO tem sido um caminho popular para a capitalização de provedores de Internet brasileiros. Nos últimos meses, Brisanet, Unifique e Desktop concluíram aberturas de capital na B3.