54o Painel Telebrasil começa destacando aumento na penetração dos serviços de telecomunicações

Foi aberta na noite desta quarta, dia 18, no Guarujá, o 54o Painel Telebrasil, organizado pela associação que reúne as principais operadoras de telecomunicações do país. O mote do evento para 2010 é o que a Telebrasil define como "próximos passos em direção à comunicação convergente". No ano passado, o foco do painel foi a banda larga, e segundo Antônio Carlos Valente, presidente da Telebrasil e do grupo Telefônica no Brasil, houve eco junto ao governo, que em seguida anunciou o Plano Nacional de Banda Larga, assim como alguns estados seguiram adiante em políticas de de incentivos fiscais para o serviço.
Valente ressaltou que existem, hoje, 10 vezes mais acessos dos diferentes serviços de telecomunicações do que havia há 12 anos, ano da privatização. Eram 24 milhões de assinantes nos diferentes serviços em 1998, e hoje há 245 milhões, somando as várias modalidades de telecomunicações (telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura). A penetração dos diferentes serviços de telecomunicações saltou de 14 acessos para cada 100 habitantes para 135 acessos para cada 100 habitantes. "Todos esses avanços ocorreram fruto de vultosos investimentos do setor privado, que já somam R$ 180 bilhões, sendo R$ 14 bilhões só no último ano", disse Valente, ressaltando que não houve aportes públicos para os avanços conseguidos. Vale lembrar, contudo, que o BNDES, além de acionista da Oi ao longo desses anos, foi importante financiador das empresas de telecomunicações.
"A pergunta que temos diante de nós é: como podemos avançar?". A Telebrasil reiterou a questão tributária, lembrando que "são inúmeros os casos de comparações internacionais que se tornam obviamente distorcidas pelas condições exógenas à produção e à prestação de serviços no nosso país". Outro ponto reforçado pela Telebrasil foi a necessidade de fortalecimento da Anatel , do Ministério das Comunicações e do Congresso. "O setor precisa continuar caminhando em direção a um marco legal que seja estável, moderno e inovador, capaz de fomentar investimento e a competição".