[Do Mobile Time] A Claro está recebendo por mês mais de 500 mil pagamentos de contas de clientes pós-pagos por Pix através do WhatsApp Pay, funcionalidade de pagamento nativo no WhatsApp lançada oficialmente no começo de junho para grandes empresas.
A operadora foi uma das primeiras a adotar a novidade, em anúncio feito no dia do lançamento do WhatsApp Pay no Brasil.
"Está melhor do que esperávamos. Tem gerado muita eficiência e diminuiu o custo de liquidação. E o cliente está pagando mais em dia", relata Albervan Luz, diretor de tecnologia e transformação da Claro, em conversa com Mobile Time (parceiro de conteúdo do TELETIME).
A aprovação entre os clientes da Claro que pagaram a conta com Pix por WhatsApp está alta: 80% se declararam satisfeitos com a experiência. Outra empresa que tem usado essa forma de pagamento é a startup VaideBus.
Histórico
O pagamento como funcionalidade nativa do WhatsApp foi lançado aos poucos pela Meta no Brasil. Primeiramente, a empresa anunciou a chegada do serviço em junho de 2020 para compras com cartão de crédito, mas foi imediatamente proibida pelo Banco Central, que alegou falta de autorização por parte das bandeiras Mastercard e Visa, então parceiras do Facebook no projeto.
Depois de nove meses de ajustes, o BC liberou o serviço somente em março de 2021, e inicialmente apenas para transferências entre pessoas físicas através do cadastro de cartões de débito dentro do WhatsApp. Somente em abril de 2023 o app passou a permitir que seus usuários fizessem pagamentos com cartão de crédito, mas restrito a pequenas e médias empresas.
A abertura para que grandes empresas passassem a receber pagamentos por cartão de crédito aconteceu apenas em junho de 2024, junto também da adição do pagamento por Pix. Ou seja, desde a primeira tentativa frustrada pelo BC em junho de 2020, foram necessários quatro anos para o produto ser finalmente disponibilizado ao público brasileiro integralmente.
Vale destacar que o WhatsApp não cobra pelo uso do WhatsApp Pay. Seu modelo de negócios continua focado na cobrança pelas conversas realizadas entre marcas e consumidores, cujo preço depende de quem iniciou a comunicação e a finalidade da mesma.
