Indústria eletroeletrônica aumenta importações e reduz exportações em junho

As exportações do setor eletroeletrônico caíram e as importações aumentaram no Brasil 3% em relação a junho de 2015, de acordo com balanço da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgado nesta terça, 19. No total, foram US$ 452,5 milhões no mês.

Apesar de aumento de 63,8% nas exportações em informática (US$ 32,5 milhões), de 48,6% em gerração, transmissão e distribuição de energia elétrica (GTD, que totalizou US$ 41 milhões) e de 8,9% de telecomunicações (US$ 22,2 milhões), as quedas em componentes (14,5%) e equipamentos industriais (13%) impactaram a balança negativamente. Em relação ao mês anterior, as exportações caíram 10,3%, sendo que os bens de informática recuaram 21,6%, enquanto as vendas de telecomunicações subiram 0,5%.

No acumulado de janeiro a junho, as exportações totalizaram US$ 2,844 bilhões, avanço de 1,1%. As vendas de informática cresceram 61% e totalizaram US$ 182,2 milhões, enquanto as de telecomunicações caíram 15,8% e somaram US$ 102 milhões. Com exceção da China, que aumentou em 368,3% as vendas do setor brasileiro, as exportações recuaram para os demais mercados, como Estados Unidos (3,8%), Argentina (10,8%) e União Europeia (9,4%).

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As importações aumentaram 5% em relação a junho do ano passado e somaram US$ 2,6 bilhões. Segundo a Abinee, foi a primeira vez que houve crescimento após 26 meses de quedas consecutivas. Houve queda de 6,6% em equipamentos de informática e de 27,1% nos de telecomunicações. No comparativo com maio deste ano, houve crescimento de 36,6% e queda de 2,3%, respectivamente.

Considerando o semestre, as importações caíram 31,6%, totalizando US$ 12,148 bilhões. Dessa soma, US$ 764 milhões foram para telecomunicações (queda de 30,1%) e US$ 689,5 milhões para informática (retração de 25,2%). Os componentes para telecomunicações foram os mais importados no período, US$ 1,698 bilhão, redução de 45%. Considerando por região, todos os mercados apresentaram queda, incluindo a China (38,7%) e Estados Unidos (23,1%).

Com o avanço das importações e redução nas exportações, o déficit da balança comercial fechou o semestre em US$ 9,30 bilhões, ainda que 38% abaixo do registrado no mesmo período de 2015. A Abinee ressalta que o déficit da balança do setor sempre registra resultados inferiores no comparativo anual pelo menos desde junho de 2014.

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