Terceirizados da Oi param no Rio de Janeiro

Atualizada às 18h40 – Funcionários das Telemont e da Serede, terceirizados da Oi no Rio de Janeiro, entraram em greve na última quinta-feira, 18. A principal reivindicação dos funcionários é pelo pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PPR). As empresas fizeram uma proposta de R$ 150 por ano, mas a contraproposta do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado do Rio de Janeiro (Sintel-RJ) é de um PPR de R$ 400.

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De acordo com a diretora de formação sindical do Sintel-RJ, Vânia Miguez, haveria uma assembleia no final da tarde para analisar uma possível proposta das empresas e a tendência era de que a greve permanecesse.

Segundo ela, é difícil estimar a quantidade de trabalhadores que aderiram à greve porque são funcionários da rede externa, que trabalham, portanto, na rua. Dos 15 mil trabalhadores da rede externa da Oi no Rio de Janeiro, a estimativa é de que de 70% a 80% tenham aderido à greve. Esses funcionários fazem a manutenção da rede, mas também cuidam da parte de instalação e reparo do serviço na casa dos clientes. Além dos funcionários da rede externa, participam da paralisação cerca de 150 funcionários da Telemont que cuidam da rede de dados e trabalham dentro da Oi.

A greve foi mencionada na reunião do Conselho Consultivo da Anatel, pelo conselheiro Marcelo Miranda. Ele protestou contra o PL 4.330/2004 que legitima a terceirização e, segundo ele, permite a quarteirização e ainda exime a empresa da responsabilidade solidária. "O SindiTelebrasil diz que é a favor do direito do consumidor, mas está no Congresso Nacional apoiando o projeto", dispara ele. Por sugestão de Miranda, o Conselho Consultivo vai discutir a questão da terceirização.

Atualização

A Oi entrou em contato com este noticiário para informar que a greve dos funcionários terceirizados foi encerrada. Segundo a operadora, apenas 4,1% dos funcionários técnicos terceirizados aderiram à paralisação, número bem diverso dos 70% a 80% dos 15 mil terceirizados estimados pelo Sintel-RJ. A Oi não soube informar se as reivindicações dos trabalhadores foram atendidas, porque, segundo justificou a assessoria de imprensa, apenas acompanha as negociações entre os funcionários e o Sinttel-RJ. Este noticiário não conseguiu novo contato com o sindicato até o fechamento desta edição.

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