Cadastro de pré-pagos atinge 90% da base em São Paulo

Até o final desta sexta, 19, cerca de 600 mil usuários de celulares pré-pagos do Estado de São Paulo, o equivalente a 10% da base total desta modalidade, não se cadastraram junto a suas operadoras. Por determinação da lei estadual 11.058, de fevereiro último, as operadoras tinham até a meia-noite deste sábado, 20, para realizar o cadastramento, que visa coibir o uso de pré-pagos em ações criminosas. As prestadoras do serviço móvel do mercado paulista manifestam a expectativa de registrar os dados de um volume próximo do total de toda a base de pré-pagos até o esgotamento do prazo. Contudo admitem que vários clientes podem ficar de fora desta lista. Está marcada para a próxima semana a entrega da relação de celulares não cadastrados à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, que definirá as sanções para os usuários que se mantiveram em falta com o compromisso estipulado por lei.
A secretaria prevê iniciar o bloqueio de linhas não cadastradas já a partir da próxima segunda feira, 22, faltando definir a forma como isso será feito. Também será discutida com as operadoras a aplicação de multas aos usuários.
O desligamento obviamente não é bem visto pelas operadoras, que perderiam receita dentro de uma base que recebeu altos investimentos de aquisição, incluindo subsídios a aparelhos. Por isso, entre os executivos destas empresas, a expectativa é de que a secretaria determine o desligamento por lotes, de tal forma que os clientes que ainda não tiverem feito o cadastramento agilizem o procedimento ao perceberem o risco de também serem atingidos.

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Melhor para as operadoras

Há dúvidas sobre a eficácia do cadastramento no combate ao crime, já que os dados são informados (por telefone, na grande maioria dos casos) sem qualquer comprovação de sua veracidade. As operadoras, contudo, têm algo a comemorar com esta determinação local: desde fevereiro, quando foi baixada a lei, elas mais que dobraram o volume de dados que já vinham coletando em sua base pré-paga para ações de marketing de relacionamento. De acordo com José Carlos Meira Mattos, diretor de relações públicas e governamentais da BCP, até fevereiro a empresa mantinha cerca de 400 mil nomes cadastrados. Na última sexta, 19, contava com 1,015 milhão. Na Tess, este volume saltou de 450 mil para 900 mil no mesmo período. A Telesp, que atingiu um total de 3,6 milhões de usuários cadastrados, não revelou quantos nomes tinha antes de a lei entrar em vigor.

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