Para AT Kearney, setor de telecom até 2020 será marcado por hiper-competitividade

A consultoria AT Kearney está tornando público um estudo anual em que aproveita as informações e estratégias observadas junto aos seus maiores clientes na área de telecomunicações (cerca de 20 grandes empresas) para projetar tendências e diretrizes no setor. No mais recente estudo, são analisadas as tendências para até 2020. O levantamento agora divulgado (cujo resumo pode ser obtido aqui), circulou entre os clientes da empresa na segunda metade do ano passado, e aponta três principais drivers que deverão nortear o mercado nos próximos anos.

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Drivers

1) O primeiro deles é o da hiper-competitividade gerada pela tendência de "portalização" dos serviços, que deixam de ser prestados pelas próprias empresas e passa a ser oferecidos a partir da infraestrutura de telecomunicações. Nesse contexto estão os serviços de conteúdos online, comunicações pessoais e por meio de redes sociais, comércio eletrônico, e centenas de aplicações que não são necessariamente oferecidos pelas empresas de infraestrutura.
2) O segundo driver é uma assimetria entre receitas geradas pela infraestrutura e a demanda por capacidade de rede. Segundo a AT Kearney, não existe perspectiva imediata de estabilização desse movimento, ou seja, as pessoas demandarão cada vez mais capacidade pagando o mesmo preço ou menos. E isso, naturalmente, demanda investimentos.
3) O terceiro driver de mercado é o crescimento da região da Ásia/Pacífico no cenário global, seja como mercado inovador, seja como mercado consumidor ou como mercado responsável por abastecer a cadeia de produção de equipamentos.

Tendências

A partir desses três drivers centrais, a AT Kearney aponta oito tendências que estão sendo seguidas por algumas empresas que têm se saído melhor nesse cenário e outras que agora começam a ser desenvolvidas:
1) Ofertar serviços além da conectividade
2) Desenvolver plataformas que permitam a socialização entre os usuários;
3) Investir fortemente em big data e assim ter melhores condições de tomada de decisão, recomendação de serviços e análise de mercado;
4) Digitalização completa dos serviços e das plataformas.
5) Aposta em uma plataforma de conteúdos multiscreen, que permita o consumo em qualquer dispositivo.
6) Aposta em plataformas de conteúdo sob demanda e online.
7) Apostar na personalização da publicidade;
8) Oferecer serviços corporativos em nuvem.

Estratégias

Após essa reflexão, o estudo da AT Kearney dá alguns conselhos em termos de apostas estratégicas que podem ser feitas.
1) Manter o crescimento da infraestrutura, que é um diferencial que apenas as teles têm.
2) Apostar no mercado de mídia e comunicação para que haja a chance de brigar pelo mercado publicitário e receitas transacionais.
3) Observar e acompanhar as tendências de desenvolvimento e pesquisa da região asiática.
4) Crescer regionalmente, ampliando a atuação em outros mercados. O conselho é especialmente válido para empresas de serviços móveis
5) Desenvolver áreas de expertise novas, como m-banking, e-helath e M2M.
6) Competir em novos mercados por meio de plataformas e serviços over-the-top.

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