Plataformas abertas dão o tom das novas tecnologias de rede

Uma nova fronteira começa a ser desbravada pelas operadoras de telecomunicações fixas. Na verdade, uma quarta rede. Depois da infra-estrutura de backbone, do backhaul e das redes de acesso final, o desafio de empresas como Verizon e AT&T, e também das empresas de TV a cabo, tem sido desenvolver redes domésticas capazes de suportar a miríade de serviços digitais que se pretende entregar. Esse foi um dos principais temas de debate durante a NCTA Cable 2008 (maior evento de TV a cabo dos EUA, que aconteceu há um mês, em Nova Orleans) e durante a NXTComm (evento das empresas de telecomunicações fixas, que acontece esta semana em Las Vegas). É este também o objeto de inúmeros lançamentos de produtos dos principais fornecedores mas, sobretudo, é alvo de grandes preocupações em relação à padronização. O que se vê nesta edição da NXTComm, que termina nesta quinta, 19, é a urgência dos esforços de simplificação das plataformas e interoperabilidade de redes e equipamentos. Todas as teles estão pedindo aos seus fornecedores esforços nesse sentido, assim como fazem as operadoras de TV a cabo com o movimento True2way, que também visa a padronização da comunicação entre os dispositivos domésticos (set-tops, modems, computadores, televisores, handsets etc).

Sem restrições

Não por acaso, um dos destaques da edição da NXTComm foi a apresentação da Sun, empresa que tem como uma das principais bandeiras a defesa das plataformas abertas. Segundo Scott McNealy, chairman e co-founder da Sun, ainda que sua empresa detenha mais de 14 mil patentes, ela continua focada no desenvolvimento de soluções abertas. "A lógica por trás disso é que o mundo economiza bilhões em pesquisa e desenvolvimento", disse McNealy. "Sistemas abertos como o Java funcionam em bilhões de handsets. Aliás, só não funcionam bem no iPhone", disse McNealy, ironizando um conhecido problema de interoperabilidade com a plataforma da Apple. Ele defendeu o uso de plataformas abertas em set-tops, em dispositivos de banda larga e nos servidores conectados às redes. "Cada vez mais, com a banda larga, vemos que a capacidade de processamento está na rede e não no computador do usuário", disse, repetindo a máxima cunhada por ele mesmo há duas décadas: "a rede é o computador".

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A questão das plataformas abertas não se restringe apenas a redes domésticas, mas também ao core da rede, e em função disso as plataformas Open IMS (IP Multimedia Subsystem com sistemas não-proprietários) ganharam, nesta edição da NXTComm, um status consolidado, definido pela a Verizon como: "quem ainda não tem IMS, terá".

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