As cotações de Telesp Celular caíram 6,74% nesta quarta-feira, 19, para R$ 4,77, devolvendo assim, com sobras negativas, todo o ganho registrado na véspera. Ou seja: durou apenas um dia o prêmio que o mercado deu à empresa pelo fato de sua controladora Portugal Telecom ter reavaliado os termos da operação de aumento de capital de R$ 2,5 bilhões em análise pela CVM no Brasil e pela SEC nos Estados Unidos. A Telesp Celular optou por não equalizar a proporção entre ações ordinárias e preferenciais, o que acarretaria em diluição compulsória das participações minoritárias. "O que fica é uma profunda desconfiança em relação à atuação dos controladores da Telesp Celular que fazem o primeiro serviço mal feito", ouviu TELETIME News de um profissional especializado na análise de telecomunicações.
No mercado de ações, considera-se a possibilidade do lançamento de novas ações da Telesp Celular com um preço pelo menos 15% inferior ao de mercado. Mantido o preço desta quarta-feira (o que é considerado pouco provável, dado que a tendência da bolsa é de queda) o valor-base seria de R$ 4,00. Os R$ 2,5 bilhões de aumento de capital resultariam, nesse caso, em 625 milhões de novas ações, totalizando 1,083 bilhão de papéis. Para manterem suas participações relativas, os portadores de ações da Telesp Celular deveriam fazer um desembolso equivalente a 57,7% do que possuem. Para cada R$ 1000, teriam que colocar outros R$ 577,00.
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