O negócio de músicas digitais cresceu sete vezes entre 2006 e 2010 para a Day 1 Entertainment, braço digital da Sony Music, e, ao final do último ano, o mercado de músicas móveis da gravadora já representava 22% de suas receitas. De acordo com o diretor de novos negócios da Sony Music, Cláudio Vargas, a gravadora diversificou sua atuação no segmento digital com formatos além do mobile. "Passamos a trabalhar com negócios na web, modelos premium e formatos especiais e temos hoje um posicionamento muito mais aberto, que nos permite agregar mais valor ao nosso conteúdo", contou Vargas durante o 10° Tela Viva Móvel. esse percentual, disse ele, é inferior ao que se projetava há alguns anos e não é necessariamente motivo de comemoração. As receitas com conteúdos embarcados, por exemplo (quando a música é distribuída junto com os aparelhos), tem caído significativamente.
Segundo ele, mesmo excluindo o peso dos serviços de mensagens e conectividade de internet da receita de SVA das operadoras no Brasil, a música representaria menos de 1% do negócio. Mas ele acredita que há muita possibilidade para o segmento. "As 10 músicas digitais mais baixadas geraram 78 milhões de downloads no mundo e, apenas em 2010, a Sony Music cresceu 46% em música digital em relação ao ano anterior", expõe.
Para sócia e diretora da Kappamakki Digital, Marcia Elena, o que falta é uma maneira diferenciada de empacotar o produto. "Disponibilidade é mais importante do que a posse e a música ainda tem muito dinheiro para gerar. Quando se empacota bem o serviço de streaming de músicas, em uma interface bacana, as pessoas pagam", argumenta.
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