Classe C precisa de SVA mais barato, dizem especialistas

Debate realizado no 10º Tela Viva Móvel, evento da converge Comunicações realizado esta semana, mostrou que a classe C já consome os serviços básicos de SVA, mas deseja evoluir para os serviços avançados. Algumas barreiras, entretanto, ainda impedem que o consumidor de baixo poder aquisitivo saia dos formatos mais tradicionais de SVA, como os canais de notícia por SMS, embora o SMS ainda seja considerado uma ferramenta com formas de utilização ainda não exploradas.
O primeiro obstáculo que ainda impede a classe C de evoluir no consumo de SVA é o acesso ao plano de dados. Essa barreira, entretanto, começa a ser vencida pelas operadoras. A TIM, por exemplo, comemora o sucesso do seu plano Infinity Web. Por R$ 0,50 por dia o cliente pré-pago tem acesso ilimitado à web sendo que ele só é tarifado nos dias que ele usa o serviço. Para os clientes pós, a oferta é semelhante: acesso ilimitado a R$ 29,90 por mês e o cliente só paga no mês em que ele utilizar. Desde que o serviço foi lançado, a operadora registrou um aumento de cinco vezes no número de usuários que acessam a internet por dia, informa Flávio Ferreira, gerente de marketing da TIM.
Outra barreira que aos poucos vem sendo vencida pelas operadoras é o aparelho. A TIM abandonou a estratégia de aparelho bloqueado. Ferreira afirma que hoje 10% dos clientes têm smartphones e que esse percentual deve chegar a 18% ao final do ano. Segundo ele, cerca de 65% dos proprietários de smartphones usam a internet em pelos menos cinco dias por mês. Ferreira defende a tese da redução de preço para estimular o uso dos SVAs. "Não dá para cobrar R$ 5 por um truetone quando se fala em classe C". Na TIM por R$ 5 por mês o cliente tem direito a cinco músicas inteiras.

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SMS
Embora seja crescente a utilização de acesso a internet pelo celular, os serviços baseados em SMS ainda têm um grande potencial de crescimento, na opinião dos participantes do painel. Para Richard Ferraresi, CTO da Peopleway, por exemplo, ainda não foram suficientemente exploradas o uso de SMS para a aquisição de cupons de descontos e micropagamentos.
Federico Pisani, CEO da Hanzo, lembra que, neste caso, é importante a combinação do serviço com o mobile marketing. "Boa parte dos consumidores não tem crédito, por isso o mobile marketing é tão importante", afirma ele. O executivo acredita que os serviços baseados em SMS vão crescer ancorados em conteúdo e interatividade. Renato Marcondes gerente geral da Playphone lembra da necessidade de reduzir o preço. "Não existe mais essa de R$ 0,31 por mensagem. No final do mês dá uma assinatura de TV a cabo", afirma.

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