Oferta de internet fica de fora da unificação por enquanto

Segundo o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, a substituição da marca da Brasil Telecom pela da Oi foi uma opção estratégica baseada em pesquisas e de forma alguma prejudicará a análise concorrencial da compra da Brasil Telecom. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 19, Falco voltou a insistir na tecla de que a operação é "pró-competitiva", demonstrando confiança de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovará sem maiores problemas a compra realizada no ano passado. "A gente tem muita tranquilidade para dizer que (a compra) é uma operação pró-competição", declarou Falco. O executivo esclareceu que a parte da operação que foi objeto do Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro), assinado com o Cade, não será objeto dessa substituição de marca até que o processo seja julgado pelo tribunal de defesa da concorrência. Em outras palavras, a parte identificada pelo Cade como potencialmente problemática para a concorrência não será incorporada imediatamente pela Oi.
O Apro atingiu apenas as operações relacionadas com a oferta de banda larga, resguardando os provedores das duas concessionárias de eventuais unificações enquanto o processo está em análise. Na falta de o Apro ter tocado em aspectos relacionados com a telefonia fixa e móvel, a Oi parece estar se sentindo liberada para tocar a incorporação mesmo sem que a compra da Brasil Telecom tenha sido aprovada pelo Cade. "Esse Apro vê algumas coisa que nós não vamos tocar por enquanto. Tudo que estamos tocando não está no Apro. E, apesar de 'forças' dizerem o contrário, essa é uma operação pró-competitiva sim. Não estamos fazendo nada de errado", insistiu o presidente da empresa.
Mesmo com o início da incorporação, a Oi não tem pressa em eliminar as sobreposições de licenças entre a empresa e a Brasil Telecom. Falco não deu previsão de quando devolverá, por exemplo, o Código de Seleção de Prestadora (CSP) usado pela BrT, o 14. A tendência é que a Oi fique com o código 31, uma vez que a companhia escolheu expandir a marca e todos os orelhões já trocados na região II estampam este código em suas cúpulas. A Oi tem 18 meses para eliminar as sobreposições, inclusive do CSP, prazo que vence em junho de 2010.

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