Projeções mostram cenário pessimista para empresas

O vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações (Abeprest), Daury Rodrigues, apresentou nesta segunda, 19, durante o Fórum Abeprest, em São Paulo, um estudo que aponta um cenário não muito animador para o setor
de telecomunicações. Projeções da entidade apontam que o crescimento médio do número de linhas fixas instaladas nos próximos cinco anos deve ficar em apenas 2,2%, totalizando em 2008 53,2 milhões de linhas, contra um crescimento de 29% no período de 1998 a 2001. No que se refere à evolução dos acessos móveis, o crescimento médio de 2003 a 2008 deve ficar em torno de 9%, alcançando 61,8 milhões de acessos; 7,8 milhões de novos acessos só este ano. Já o investimento em telefonia móvel e fixa deve cair mais 4,5% este ano, somando R$ 8,5 bilhões.
A maior queda dos investimentos no setor foi verificada no ano passado, quando foram investidos R$ 8,9 bilhões, 75% a menos do que os R$ 24,1 bilhões de 2001. De acordo com Rodrigues, a competição e os processos de fusão e aquisição provocaram a queda dos preços da prestação de serviços a um patamar perigoso, que põe em risco a manuntenção das prestadoras no mercado. O resultado é o achatamento dos salários no setor em 24% nos últimos quatro anos e um total de 37 mil desempregados contra 127 mil profissionais empregados até fevereiro de 2003. Um exemplo disso é que em 1998 cerca de 150 empresas prestavam serviços de rede externa para a Telesp fixa e, depois da privatização, apenas 15 empresas prestam esse tipo de serviço para a operadora atualmente.

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