Viasat procura parceiros para negócios de D2D no Brasil

Felipe Merkel (foto: Marcos Mesquita)

A Viasat está pronta para operações direct to device (D2D, ou conexão direta entre satélites e dispositivos) e à procura de parceiros no Brasil para escalar os negócios na área.

É o que afirmou o gerente de Novos Negócios da empresa de satélites, Felipe Merkel, nesta quarta-feira, 19, durante o Fórum de Operadoras Inovadoras evento promovido por TELETIME e Mobile Time, em São Paulo.

No início deste mês, a Viasat anunciou ter concluído com sucesso testes de D2D no País. O experimento, direcionado ao setor automotivo, utilizou satélites em banda L e ocorreu ao longo de quatro meses, entre Blumenau (SC) e Curitiba. As empresas Guardian Car, Quectel, Acceleronix e Skylo participaram do piloto.

Notícias relacionadas

"Estamos procurando mais parceiros no Brasil", ressaltou Merkel. "A Viasat foca no modelo de parcerias com MNOs [operadoras móveis] e MVNOs [operadoras móveis virtuais] e na oferta de capacidade, para que o parceiro fique com o última milha", explicou.

Segundo Merkel, o D2D terá sucesso se for uma tecnologia interoperável e com escala, inclusive no segmento de Internet das Coisas (IoT). Dessa forma, não pode depender apenas do setor de satélites. Pelo contrário, na avaliação da Viasat, integradores e operadoras precisam participar da aplicabilidade da solução.

"O nosso foco é atuar diretamente com os MNOs e MVNOs com pacotes de dados. Podemos construir bundles, e eles podem dividir por soluções e hardwares", sugeriu.

"Como é uma tecnologia aberta, muda um pouco o conceito de satélite. Antes, a operadora de satélite atuava com seus satélites e gateways. Hoje, os players podem operar com os fabricantes dentro do 3GPP Release 17", afirmou, se referindo à padronização que facilita a integração dos dispositivos, incluindo celulares de última geração, com satélites.

O diretor da Viasat ainda destacou que a empresa está aberta a discutir modelos de cobrança pelo serviço com os futuros parceiros de negócio. "Acreditamos que a solução só ganhará escala se tivermos todos os players atuando juntos em um mercado interoperável", reforçou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!