Tá Telecom avança com modelo de serviço móvel por rede privada

Tá Telecom criou uma plataforma comercial que permite ao operador regional criar sua rede móvel sem a necessidade de plugar em uma operadora-âncora (MNO ou rede neutra, por exemplo). Segundo Rudinei Gerhart, CEO da MVNO, a solução foi feita em parceria com fornecedores e permite ao pequeno provedor usar a sua estrutura de fibra ótica para conectar as estações rádio base.

Durante o Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nesta terça-feira, 18, Gerhart explicou que esse modelo é feito por meio de licença de rede privada (serviço limitado privado, SLP) junto à Anatel para uso nas faixas de 700 MHz e 2,5 GHz.

O executivo explicou que o investimento poder ser feito com "algumas dezenas de milhares de reais", uma vez que a tecnologia não está tão cara quanto era dois anos antes. Nesta rede, o assinante, quando está na localidade original, fica conectado na rede privada, mas quando está em trânsito e fica da sua região, ele "comuta para a rede pública".

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Atualmente, a companhia tem dez clientes usando esse formato. Um exemplo é a operadora regional Rolim Net, que passou a ofertar rede celular neste formato em em Migrantinópolis, Rondônia.

Gerhart explicou ainda que essa é uma discussão entre as associações para mudar esse conceito de redes privadas para redes comunitárias em ISPs, uma vez que a natureza é mais voltada a atender o usuário final.

Neste formato comunitário, o CEO da Tá Telecom explicou que tem quatro aspectos a serem considerados:

  • Regulatório, algo que não é difícil, pois a Anatel vem simplificando o processo e em até 30 dias uma empresa pode subir sua rede celular;
  • Econômico e tecnológico, mas estes também não têm tanto impacto, pois o valor dos equipamentos não é mais tão custoso e a instalação é simples;
  • Modelo de negócios, este que é mais complicado e segue em discussão, o que pode ser uma barreira à adesão de mais empresas.

Expansão da Tá Telecom

O executivo da Tá Telecom também confirmou que deseja terminar o ano com até 400 operadoras regionais em sua base de clientes que consomem sua operadora móvel virtual (MVNO). Atualmente, a sua base tem 200 ISPs com 100 mil assinantes móveis em 1,6 mil cidades brasileiras.

Nesta base de usuários, o executivo afirmou que a receita média por usuário (ARPU), em 2024, ficou em R$ 40, acima da média registrada pela Anatel, que está em R$ 30 por mês.

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