A entrada em operação de redes 4G ao redor do mundo, com velocidades similares àquelas de banda larga fixa, torna os smartphones particularmente atraentes para hackers operarem ataques de negação de serviço distribuído (DDoS). Trata-se de um ataque no qual diversos terminais, controlados remotamente pelo criminoso e sem o conhecimento de seus verdadeiros donos, acessam simultaneamente um site, tirando-o do ar por causa da sobrecarga. Diante desse cenário, a Arbor Networks criou uma versão para redes móveis da sua solução para detecção de DDoS, a Peakflow.
"A mobilidade era uma lacuna que tínhamos. Mas era irrelevante porque as redes 3G não tinham tanta banda. Com a velocidade do 4G, o celular passa a ser uma ferramenta poderosa para a geração de tráfego anômalo", explica Geraldo Guazzelli, diretor da Arbor no Brasil.
A solução faz uma análise em tempo real do tráfego IP que passa pelo core da rede das operadoras móveis. Quando ocorre um ataque DDoS, a plataforma identifica a anomalia em questão de minutos e informa o operador de rede. A melhor resposta a esses ataques costuma ser o redirecionamento do tráfego para um centro de mitigação, composto por um sistema conhecido como TMS, que limpa o tráfego e devolve apenas aquele que for considerado válido. Segundo Guazzelli, é pequena a incidência de falso positivo na identificação de tráfego anômalo, pois a plataforma está integrada a um sistema da Arbor que analisa cerca de 40% do tráfego IP mundial diariamente.
A Peakflow para redes móveis está rodando em caráter de prova de conceito (PoC) mas com tráfego real em algumas teles no exterior. A expectativa do executivo é que seja testada com uma operadora brasileira até maio.