Média de payback inviabiliza inovação tecnológica, diz Telemig Celular

Se vier toda a competição que está sendo especulada com a abertura plena do mercado, haverá operadoras com sérias dificuldades viabilização. E isto faz com que a maioria dos operadores reflita seriamente sobre investimentos em migração tecnológica. Essa é a conclusão que se tira de alguns dados apresentados durante a Telexpo, que acontece esta semana em São Paulo. A média de retorno sobre os investimentos para as operadoras da banda A no Brasil que quiserem migrar de tecnologia é desanimadora, segundo os cálculos do vice-presidente de finanças e relações com investidores da Telemig Celular, João Cox. Se uma operadora de TDMA migrar para GSM ou CDMA 1x, o payback será de aproximadamente 7,6 anos. A situação piora se a operadora, além de migrar, reduzir a tarifa do tráfego sainte em torno de 15% e a tarifa de uso da rede móvel (TU-M) em 20% – o payback seria de 9,2 anos. Cox estima que qualquer operadora teria de gastar US$ 200 por usuário em sua rede para migrar, considerando o custo do handset, R$ 100. A Telemig Celular depende, além dos custos, também de outros fatores para que sua rede evolua ou não da atual plataforma TDMA. No caso de uma consolidação com outra operadora, por enquanto pode ser estratégico que ela continue com sua base TDMA, pois seria mais fácil atualizar a tecnologia segundo a plataforma de quem a adquirisse, ou de acordo com os interesses dos eventuais novos controladores. Um movimento decisório, agora, poderia dificultar a consolidação. Outro fator é que os assinantes da Telemig ainda não estariam demandando uma nova plataforma.

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