Para Brasil Telecom, não há casuísmo na mudança do PGO

Seguindo a linha de raciocínio apresentada publicamente desde que começaram os boatos sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi (BrOi), o presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, procurou distanciar-se do negócio ao participar dos debates durante o seminário Políticas de (Tele)comunicações, promovido pela Converge Comunicações, em Brasília, nesta terça-feira, 19. O argumento é que a operação estaria no âmbito apenas dos acionistas e que não passaria pelas atuais diretorias das concessionárias. ?Eu nem tenho a ver com essa fusão. Sou apenas uma empresinha que ouviu falar que quer ser comprada?, brincou o executivo.
Mesmo tentando esquivar-se da polêmica, Ricardo K, como é conhecido, acabou defendendo a mudança no PGO, o qual qualificou de anacrônico, como uma necessidade para que o País siga as tendências tecnológicas mundiais de convergência. Importante sempre destacar que a alteração ou derrubada do PGO é peça-chave para permitir que a Oi efetive a compra da BrT. ?Todos nós acordamos agora e estamos sendo atropelados por essa realidade inexorável da convergência?, disse o executivo.
Usando como argumento o que classificou como ?a decadência do modelo de telefonia?, Ricardo K destacou a necessidade de aproveitar melhor a rede construída pelas concessionárias ao longo do processo de universalização do Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC). Disse ainda que a mudança no PGO não pode ser casuística. Opinou que as barreiras na regulação atual limitam a possibilidade de o Brasil ter uma multinacional de telecomunicações, caso seja essa a meta do governo. ?A gente não consegue mais proteger as fronteiras do Brasil do que está acontecendo no mundo. Por isso não vejo nenhum casuísmo nas mudanças?, argumentou.

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Sem morte anunciada

Uma tese bastante citada pelos defensores da união entre Oi e BrT foi minimizada por Ricardo K nesta terça-feira: a de que as companhias morreriam caso não se unissem rapidamente. ?A Brasil Telecom continua sendo uma empresa interessante. Certamente ela sempre vai se manter viva, afinal ela é uma empresa muito líquida.? A diferença estratégica de uma união com outra concessionária estaria na incapacidade de que a BrT cresça sozinha o suficiente para ser uma grande empresa para o Brasil.
Para além da conveniência de uma eventual fusão com a Oi, Ricardo K aproveitou o evento para defender outras causas de interesse imediato da BrT, como a possibilidade das teles entrarem no mercado de TV por assinatura. Segundo o presidente, a regra atual gera ?uma anomalia? que precisa ser corrigida em benefício do consumidor.

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