O termo de distrato entre TNL Acesso (Telemar) e iG pode trazer surpresas para o mercado. Os que argumentam que os provedores de acesso gratuitos podem morrer sem o repasse de receita das concessionárias talvez não tenham atentado ao fato de o distrato prever uma indenização ao iG pela recisão de contrato de acesso das regiões II e III.
O problema está no valor dessa indenização. No mercado, acredita-se que a Telemar pode simplesmente pagar uma indenização milionária que manteria o provedor por dois ou três anos, até que um novo modelo de negócio seja definido. O distrato diz que o valor da indenização será decidido em 90 dias e caso não haja acordo de valor entre as partes, a arbitragem será feita pela Cluster Consulting.
O temor em relação a uma eventual manobra de compensação do fim do repasse com a idenização, fundamenta-se no fato de que o iG e a Telemar têm os mesmos sócios controladores. Isso facilitaria o acordo, que garantiria a manutenção de todos os assinantes do IG até que fosse estabelecida uma nova forma de obtenção da receita do provedor.