Compartilhamento (e proteção) de patentes são essenciais no 5G, aponta Ericsson

A Ericsson acredita que o compartilhamento de patentes essenciais é um elemento importante para garantir uma melhor experiência do usuário com a tecnologia 5G. A companhia tem um vasto portfólio não só em equipamentos de redes, mas também patentes para dispositivos, como smartphones.

Segundo Icaro Leonardo da Silva, Diretor de Patentes da Ericsson, são as patentes essenciais que permitirão, por exemplo, a interoperabilidade e a comunicação entre dispositivos de diversas marcas nas mais variadas redes. "As patentes essenciais são as discutidas na formulação da padronização do 5G no no 3GPP. Isso não significa que não pode haver customização nos equipamentos. As patentes essenciais, por exemplo, estão associadas mais à comunicação dos smartphones com as nossas redes", disse o executivo ao TELETIME.

Essas patentes se tornam padrões que são discutidos por todos os envolvimentos na cadeia do setor de telecomunicações, tais como fornecedores de equipamentos de redes, de chipset, de rádios, etc. "São de fabricantes diferentes, mas que podem se comunicar. Nesse sentido, a interoperabilidade requerida no 5G é discutida por todos os fornecedores", afirmou.

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Patentear para compartilhar

Icaro Silva destaca que ter uma inovação patenteada permite um compartilhamento seguro daquela tecnologia. "Um dos motivos se patentear é para de certa forma permitir o compartilhamento de ideias. E para isso, eu preciso proteger a minha empresa, os meus investimentos. Por isso, um arcabouço jurídico legal, robusto de um sistema de propriedade intelectual (PI) me permite fazer isso com mais segurança", afirmou.

E prosseguiu: "Nas reuniões de padronização do 5G, nós fizemos uma série de compartilhamento de ideias. Mas quando fazemos isso, precisamos que essas ideias estejam protegidas. Para evitar cópias e uso indevidos dessas ideias. Ou seja: o compartilhamento mais seguro".

A fornecedora sueca está atualmente em uma batalha judicial contra a Apple justamente ao alegar uso indevido de patentes. Segundo a agência de notícias Reuters, a Ericsson afirma que a gigante norte-americana tenta reduzir o percentual pago pelo uso de determinadas patentes do 5G no iPhone.

Silva também disse que a Ericsson atualmente desenvolve aplicações para serem usadas em baixa latência e interoperabilidade de sistemas de comunicação e que a empresa também está desenvolvendo soluções focadas para o agronegócio. Ele avalia que a palavra "padrão" vai nortear muito do que se terá entre propriedade industrial e 5G. "Padrão, invenções e 5G são assuntos correlacionados que estarão caminhando juntos".

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