Publicidade
Início Newsletter TIM lança solução para melhoria de streaming na rede em consórcio com...

TIM lança solução para melhoria de streaming na rede em consórcio com Cisco

A TIM está lançando uma solução de rede de entrega de conteúdo (CDN) baseada em cloud com padrões abertos, o Open Caching. A iniciativa é baseada no modelo de negócios de compartilhamento de receita com provedores de conteúdo. Isto é, as empresas que buscam dar uma experiência de streaming de melhor qualidade e com menor latência contratam o Open Caching na modalidade “as a service”, em vez de precisar dedicar capital para investimento de infraestrutura própria de CDN tradicional. Além da receita proveniente desse sistema, a tele ainda poderá contar com redução de custos pela melhora na eficiência do tráfego. 

A iniciativa é um consórcio da TIM como parceiros a Cisco para prover soluções na borda (edge), a empresa de edge cloud Qwilt e a empresa de investimento focada em infraestrutura digital parceira da Cisco, Digital Alpha. A estrutura para a entrega de vídeo e outros conteúdos mais próxima do usuário tem a fornecedora japonesa NEC como integradora. Serão 13 pontos de rede (POPs) da TIM espalhados pelo País, com a possibilidade aumentar esse número conforme demanda.

Segundo contou ao TELETIME diretor de engenharia e implementação de rede da operadora, Marco Di Costanzo o Open Caching é uma arquitetura aberta desenvolvida e endossada pela aliança global Streaming Video Alliance, que disponibiliza as APIs abertas para editores de conteúdo, além de mecanismos de segurança e proteção. A TIM diz ser a primeira operadora da América Latina a adotar o serviço e a terceira no mundo: a British Telecom já adota o padrão no Reino Unido, enquanto a Verizon faz o mesmo nos Estados Unidos.

Notícias relacionadas

Players

Como é baseada na nuvem, a Open Caching permite maior flexibilidade para o provedor de conteúdo, incluindo para empresas de streaming com lançamento global – uma grande companhia de streaming nessa escala já contratou o serviço. “Imagina um lançamento mundial e simultâneo? A empresa decide embarcar num modelo de cloud, no qual deixa de investir [em hardware para CDN própria] para pagar um serviço, com um valor por tráfego/byte, escalando para muitos países.”

“Esse é o grande diferencial do Open Caching: os provedores de dimensão mundial, mas também os regionais, podem usufruir dessa plataforma sem ter que gastar muito dinheiro construindo o próprio caching, podendo utilizar e pagar pelo que está sendo consumido pelos clientes finais”, explica o diretor de operadoras na Cisco, Junot Pitanga. “Apostamos tanto no diferencial que fizemos o investimento no upfront, baseado no que esperamos que vai ter de retorno. Por isso montamos a plataforma junto com a TIM”, explica. 

Compartilhamento de receita

“A TIM Brasil utiliza esse serviço de parceria comercial em software as a service (SaaS), não implantamos infraestrutura e data center. Esse consórcio implementa a infraestrutura, hospedando vários conteúdos, fazendo a gestão e orquestração. Assim, deixa de investir como Capex, que é o modelo típico, e tem o modelo de remuneração inovador”, afirma Marco Di Costanzo. 

Apesar de contar com o modelo de revenue sharing, o diretor da tele afirma que não se trata de modelo de pedágio com o estrangulamento artificial do tráfego do provedor de conteúdo, como foi no caso da batalha pela neutralidade de rede da Netflix contra a operadora Comcast nos Estados Unidos. Naturalmente, a TIM diz seguir a legislação brasileira – no caso, o Marco Civil da Internet.

Um dos principais objetivos é o de levar vídeo com melhor qualidade no streaming, mas a TIM também vislumbra outros tipos de conteúdo que podem se aproveitar do edge computing, como gaming, realidade virtual e educação digital com interatividade, uma vez que a latência é reduzida pela proximidade ao usuário. “Não tem nada a ver com uma CDN tradicional”, reitera o diretor da operadora. 

As empresas não divulgam a parcela que cada uma leva com o compartilhamento da receita. “O payback é bem interessante, e tinha que ser interessante também para a TIM, por que ela passa a ser remunerada a partir do momento em que a gente tenha pago todo o investimento inicial”, declara Junot Pitanga.

Segundo o diretor de operadoras na Cisco, as negociações e implantação da plataforma, que já está operacional, foram “em tempo recorde”. As conversas começaram no início da pandemia, por volta do segundo trimestre deste ano. 

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile