Depois de leiloadas as faixas de 1,9 GHz e 2,1 GHz é hora da Anatel iniciar os estudos das freqüências de 2,5 GHz usadas para a extensão da 3G. ?A faixa de 2,5 GHz será necessária dentro de três anos e para que esteja disponível, é fundamental um planejamento para permitir o uso sem interferência técnica?, afirma Ricardo Tavares, vice-presidente para políticas públicas da GSM Association. O presidente da Qualcomm, Marco Aurélio Rodrigues, lembra que as atuais freqüências de 1,9 GHz e 2,1 GHz, que começaram a ser leiloadas nesta terça-feira, 18, foram reservadas pela Anatel no ano 2000. "É necessário um planejamento de longo prazo já visando extensões futuras e a aderência às normas internacionais?, diz o executivo.
Hoje a faixa de 2,5 GHz é ocupada por operadoras de MMDS, que também têm planos de lançar serviços de banda larga. ?Se a freqüência for reorganizada de maneira apropriada, haverá espaço para todos?, diz Tavares. Segundo o executivo, o HSPA precisa de banda para o uplink e downlink de forma separada, o que requer mais espaço na faixa, diferente do WiMAX que usa o espectro de outra forma. ?Com a rede 3G e o aumento do tráfego de dados, além da voz, a necessidade de freqüência das operadoras deve ser multiplicada por três nos próximos anos?, diz Tavares.
Segundo Rodrigues, da Qualcomm, os leilões de 3G vão dar dinamismo aos investimentos das operadoras e a novos serviços em 2008. ?Assim como foram agressivas na compra das faixas, serão agressivas na implantação das redes e no lançamento dos serviços para remunerar o investimento?, destaca o executivo. Para Tavares, o leilão mostrou o apetite das grandes operadoras no lançamento das redes 3G no Brasil. ?No mundo mais de 200 empresas oferecem serviços. Em 2008, Japão, Coréia e Índia também vão entrar nessa lista, aumentando a escala e diminuindo o preço dos terminais e infra-estrutura. Até 2011 a previsão é que a maioria dos acessos de banda larga no mundo seja em 3G HSPA?, afirma Tavares.