Convivência banda C/5G depende agora de análise de custos e benefícios

As operadoras, representadas pelo SindiTelebrasil, também estiveram na Anatel no sentido de detalhar o resultados dos testes de interferência e mitigação das transmissões de 5G na recepção dos sinais de TV via satélite na banda C (TVRO). As operadoras buscaram deixar claro para a agência que os testes não tiveram por objetivo confrontar ou questionar os resultados obtidos em testes anteriores conduzidos pela agência, mas complementar cum um novo cenário, em que os filtros de recepção (LNBFs) de nova geração já estavam prontos, o que não aconteceu na primeira rodada de experimentos. As operadoras sinalizaram para a agência que, no entendimento delas, um caminho alternativo, prevendo a convivência do 5G com os sinais de banda C, é possível. Nesta segunda rodada de testes, as teles convidaram todos os atores, e houve a participação de pelo menos um observador da Globo (ligada à Abert).

Os novos testes previram a liberação da banda C estendida, o que dá mais 100 MHz de banda de guarda. Originalmente, a ideia era testar também as transmissões de 5G em cenários reais de potência, apontamento de antenas etc, mas os resultados dos filtros foram positivos mesmo considerando o cenário da Anatel, considerado mais extremo, com níveis máximos de potência e proximidade entra as parabólicas e as ERBs de 5G.

Depois da apresentação dos resultados, ficou sinalizado que a agência espera das teles uma análise econômica, com vantagens e desvantagens dos modelos de convivência utilizando filtors, como propõem as operadoras de telecomunicações, ou no cenário de transição completa dos canais de TV da bada C para a banda Ku, como estão propondo os radiodifusores. Assume-se que estes estudos de vantagens e desvantagens esteja sendo encomendado às emissoras também.

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Uma das dificuldades que têm sido encontrada para essa análise econômica dos modelos é a definição dos mesmos parâmetros. Para uma análise isonômica, ainda é necessário que o governo diga exatamente qual o universo de usuários que precisarão receber os filtros ou serem migrados, e qual o tipo de equipamento que será utilizado em cada caso. Apenas com as mesmas premissas, dizem interlocutores que acompanham as discussões sobre o modelo de mitigação, será possível chegar a uma conta final dos custos e benefícios de cada uma das alternativas.

Não se espera uma conclusão destas análises antes da publicação da consulta pública do edital de 5G, mas certamente esta será uma questão a ser observada na preparação do edital definitivo, no primeiro semestre de 2020.

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