A BCP apresentou no último relatório financeiro prejuízo líquido de R$ 1,657 bilhão no ano e uma diminuição de 1,4% em sua base no final do terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, atingindo um total de 1,681 milhão de clientes. No final de junho, a operadora da banda B em São Paulo já acumulava prejuízo de R$ 789 milhões e uma queda de 2% no total de usuários.
No mais recente balanço trimestral apresentado à CVM, a empresa destaca, no entanto, estar mantendo a tendência de retomada de crescimento da base de clientes pós-pagos, que entre agosto e setembro últimos foi de 1,9%. A BCP finalizou o trimestre com 1,091 milhão de clientes pré-pagos e 590 mil pós-pagos. O EBITDA, de R$ 128 milhões, apresentou uma margem de 44%, destacada pela empresa como uma das melhores do setor de celulares.
Outro ponto assinalado é o índice de 2,4% de desconexão ao mês, que segundo a empresa apresenta tendência de queda em relação a trimestres anteriores (em junho estava em 2,5%) por conta de políticas de relacionamento segmentadas com base no valor do cliente. A principal razão do prejuízo da BCP, segundo a empresa, foi a valorização do real frente ao dólar.
Prejuízo também no Nordeste
No seis estados do Nordeste onde atua por meio da operação BSE, a BCP também teve aumento do prejuízo acumulado no ano do segundo para o terceiro trimestre de R$ 319 milhões para R$ 576 milhões. A base permaneceu praticamente estável, em 1,005 milhão de usuários, ante o 1,003 milhão registrado no final de junho último. Do total alcançado em 30 de setembro, 405 são pós-pagos e 600 mil são pré-pagos.
O prejuízo da BSE é causado em parte pelos efeitos das variações cambiais sobre os financiamentos tomados em moeda estrangeira. Mas a empresa explica que como a maior parte destes financiamentos estão alocados no longo prazo, não afetam o fluxo de caixa de curto prazo da empresa. O EBITDA apresentou um resultado positivo de R$ 30 milhões, com uma margem equivalente a 23% da receita líquida.