Agrolend traz Vivo Ventures para o cap table e levanta R$ 300 milhões

Da esquerda à direita: Carlos Fagundes, Valeria Bonadio, Andre Glezer, Alan Glezer e Leopoldo Vettor

A Agrolend, banco digital que financia os negócios de produtores rurais, levantou R$ 300 milhões em uma Série C anunciada na manhã desta sexta-feira, 18. O Vivo Ventures, veículo de Corporate Venture Capital (CVC) da Vivo, entrou para o cap table da companhia com uma participação de US$ 1,5 milhão na rodada.

O investimento foi liderado pelo Creation Investments, fundo de private equity com mais de US$ 2,1 bilhões em ativos sob gestão e sede em Chicago (EUA), e pelo Syngenta Group Ventures, vertical de CVC da Syngenta, uma das maiores empresas de tecnologia agrícola do mundo. 

Atuais investidores, como a Valor Capital, Lightrock, Yara Growth Ventures, Provence Capital, SP Ventures e Barn Invest, também acompanharam o movimento. A iniciativa ainda trouxe para o cap table players como a L4, braço de venture capital da B3, e o Norinchukin Bank, banco japonês focado no agro com cerca de US$ 1 trilhão em ativos.

Notícias relacionadas

De acordo com o managing director do Vivo Ventures e da Wayra Brasil, Phillip Trauer, a decisão de participar da injeção de capital foi motivada pelo potencial de acelerar a oferta de soluções da operadora no agronegócio. Para a Vivo, isso abre a oportunidade de oferecer soluções de conectividade a pequenos e médios produtores.

"A Agrolend tem o potencial de fomentar a oferta de soluções da Vivo para o campo, contribuindo diretamente para o aumento da produtividade do agronegócio brasileiro", afirma Trauer. Além da conectividade, o executivo ressalta que a tele também possui soluções tecnológicas para a gestão no campo. 

Este foi o sexto investimento do Vivo Ventures desde a sua criação, em abril de 2022. O CVC da tele é voltado para aportes entre R$ 10 milhões a 25 milhões, com preferência em Séries A e B.

Banco rural do agro

Fundada em dezembro de 2020 por Andre Glezer (CEO), Alan Glezer (CFO), Valéria Bonadio (CCO), Leopoldo Vettor (CTO) e Carlos Fagundes (CSO), a fintech utiliza Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para financiar empréstimos a produtores rurais em plataformas como XP, Itaú, BTG Pactual, Ágora e Nu Invest

Para eliminar a burocracia e ganhar escala, a Cédula de Produto Rural Financeira (CPR-F) pode ser assinada pelo produtor via WhatsApp. Com a nova injeção de capital, a Agrolend soma agora US$ 95,6 milhões captados em três anos e amplia a sua base de capital para mais de R$ 500 milhões. 

"O anúncio desta robusto Series C, a maior captação de 2024 e uma das maiores da história do agro brasileiro, demonstra a confiança do mercado no nosso modelo de negócio e nos prepara para o próximo estágio de crescimento, onde atenderemos grandes players do setor, nacionais e multinacionais", afirma André Glezer, CEO e cofundador da Agrolend.

Agora, o objetivo do banco digital é expandir a carteira de crédito para R$ 3 bilhões, servindo aproximadamente 10 mil produtores rurais de pequeno e médio porte em todo o Brasil, segundo o CFO Alan Glezer. No auxílio para alcançar a meta, a startup conta com uma rede de indústrias, revendedores e cooperativas distribuídas em 15 estados do País. 

"Há sinergia na missão da Agrolend de promover o desenvolvimento econômico e social por meio da expansão do acesso a serviços financeiros. Seu rápido crescimento com rentabilidade e a ampliação da oferta de crédito para pequenos e médios produtores rurais, representam uma oportunidade significativa de gerar um impacto positivo em um setor chave da economia brasileira", diz o diretor da Creation Investments, Amadeo Ibarra.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!