Publicidade
Início Newsletter Cade aprova venda do controle da InfraCo da Oi para fundos do...

Cade aprova venda do controle da InfraCo da Oi para fundos do BTG Pactual

Fachada do Cade. Foto: Divulgação/Cade

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda do controle (57,9%) da InfraCo, unidade de infraestrutura de fibra da Oi e agora chamada de V.tal, para os fundos geridos pelo BTG Pactual. 

Em comunicado nesta segunda-feira, 18, a operadora afirma que a decisão se tornará definitiva em 15 dias corridos, contados a partir da publicação e caso não haja recursos de terceiros interessados ou avocação da operação pelo Tribunal Administrativo do Cade. Assim, a data deverá ser no dia 2 de novembro – dois dias antes do leilão do 5G.

Além da aprovação do órgão regulador de competição, a Oi precisa também da anuência previa da Anatel. E também há o cumprimento de “condições precedentes usuais para operações dessa natureza, previstas no Acordo de Investimento e Outras Avenças”.

Notícias relacionadas

A operação, acordada em julho por R$ 12,9 bilhões, teve assinatura do contrato entre as companhias no início do mês.

A operadora já afirmou publicamente que espera que essas aprovações seriam mais simples de conseguir do que a da venda da Oi Móvel, uma vez que não seria uma operação tão complexa e nem haveria tantas preocupações concorrenciais. Esse entendimento é compartilhado até pela Anatel. Por conta disso, a previsão é de que a conclusão da venda aconteça entre este quarto trimestre e o primeiro trimestre de 2022.

Sem sobreposição

A aprovação foi considerada sem restrições. A SG do Cade considerou que não haverá sobreposição horizontal e nem integração vertical. A parte do BTG na operação é, na verdade, por meio da provedora de cabos submarinos Globenet, 100% controlada pelo BTG Pactual, e a Warrington Investment (WIP), também totalmente controlada pelo fundo soberano GIC Infra Holdings e que possui participação minoritária na Algar Telecom. 

Haverá incorporação da Globenet pela InfraCo, subscrição de capital da InfraCo pela Globenet e/ou por fundos de investimento geridos pelo BTG Pactual. Após a aprovação no Cade, será realizada uma mudança societária na Globenet, “sendo que um dos novos fundos detentores terá como um de seus cotistas a WIP, com aproximadamente 18% das cotas. Assim, o GICV deterá, de forma indireta, participação de aproximadamente 9,9% na InfraCo”.

O Cade considerou operações semelhantes sobre empresas de infraestrutura de telecomunicações, como o da própria Globenet, TIM/FiberCo (com a IHS), o fundo canadense CDPQ e a Vivo, e até mesmo na parceria de atacado da Oi para fornecer infraestrutura à Mob Telecom

No entendimento da Superintendência, “dados gerais da Anatel relativos a acessos à infraestrutura e serviços de SCM mostram que a Operação não alteraria o cenário atual”. Mesmo em relação às operadoras: considerando que a Oi detém fibra em 2.392 municípios, conforme dados de backhaul da Anatel, a Algar está presente em 329 cidades. Desses, apenas 136 municípios têm apenas a Oi como provedor de fibra; e apenas oito para a Algar. 

Tampouco há riscos em relação à prestação do serviço de banda larga, uma vez que uma “eventual coordenação entre a Oi e Algar não lhes daria poder de mercado suficiente para condutas lesivas à concorrência, visto que sua participação de mercado não passaria de 20%”. Por isso, a entidade não entende haver preocupações para a integração. 

De qualquer forma, a operação terá implementação de práticas de governança específicas para garantir o caráter neutro das operações da InfraCo, incluindo a criação de comitês de neutralidade e de operações com partes relacionadas. Há também várias partes no processo que mostram uma cláusula de não concorrência, embora o conteúdo tenha sido restringido às requerentes e não seja público.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile