Junto com o balanço financeiro referente aos meses de julho, agosto e setembro deste ano, a Nokia divulgou nesta quinta-feira, 18, os resultados referentes à Nokia Siemens Networks (NSN). Diferente da controladora, a subsidiária conseguiu números positivos nas vendas e nos lucros operacionais, muito graças à expansão das redes LTE no mundo.
A NSN registrou aumento nas vendas, saindo de 3,343 bilhões de euros no segundo trimestre de 2012 para 3,501 bilhões de euros no último trimestre, alta de 5%. Os lucros operacionais saíram do prejuízo de 227 milhões de euros para um registro positivo de 182 milhões de euros. A companhia destacou o bom momento para o fornecimento de infraestrutura para LTE, que incluiu refarming da frequência GSM e serviços e equipamentos para o lançamento do 4G pela operadora Optus, na Austrália; primeiros serviços com a Si.mobil, na Eslovênia; lançamento do primeiro TD-LTE da Rússia, com a Mobile TeleSystems; e expansão das redes LTE e HSPA+ da Polkomtel, na Polônia.
A Nokia Siemens também anunciou expansão do portfólio para permitir a implantação da rede 4G utilizando do dividendo digital, ou seja, a faixa de 700 MHz previamente ocupada pela radiodifusão. O balanço destaca a atuação da NSN nesta frequência nas regiões da Ásia-Pacífico e América Latina. Além disso, a fornecedora registrou recorde de velocidades com conexão em Illinois, nos Estados Unidos, e de baixa latência com a Telefónica na Alemanha, durante a Campus Party em Berlim.
Para o futuro, a NSN planeja lançamentos e atualizações do portfólio de equipamentos e de plataformas de gerenciamento, que deverão permitir ao operador prover conexão de dados gigabyte personalizada "por dia para cada usuário até 2020". Outro destaque da empresa é o desinvestimento de ativos em negócios de IPTV.
Apesar de não ter citado o Brasil no relatório, a companhia deverá ter bons resultados no mercado nacional nos próximos meses, já que foi uma das escolhidas para fornecimento de infraestrutura para a rede LTE da Oi, ficando encarregada do core de rede. Há a possibilidade também da Nokia Siemens fornecer a infraestrutura para a TIM, mas nada foi confirmado ainda.