ProTeste vai rever sugestões apresentadas à Anatel

A Anatel demorou muito para prorrogar o prazo da consulta pública sobre portabilidade numérica (de 23 de outubro para 6 de novembro) e isto prejudicou o trabalho de entidades representantes dos direitos dos consumidores. A afirmação é da coordenadora institucional da ProTeste, Maria Inês Dolci, que já se prepara para rever as sugestões apresentadas à agência reguladora sobre o tema. Como a ProTeste, diversas outras entidades apressaram-se para estudar o assunto e oferecer propostas à Anatel com receio de perder o prazo. Se o adiamento tivesse ocorrido antes, diz a coordenadora, a contribuição de todos poderia ter sido mais qualificada.
Maria Inês também criticou a Anatel pela escolha de Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza para realizar audiências públicas sobre a portabilidade. Ou a cidade é muito longe (Brasília e Fortaleza) ou tem pouca representação em termos de entidades para atrair público, opinou. Sua sugestão é de que tais reuniões ocorram em localidades mais representativas, como São Paulo. Porém, acredita que a agência evitou a capital paulista porque da última vez que realizou aqui uma audiência pública foi muito criticada pela forma como conduziu os trabalhos.
Em relação à cobrança que a operadora poderá fazer para oferecer a portabilidade ao usuário, a coordenadora opinou que a cobrança é um erro estratégico, porque o cliente poderá permanecer com a empresa, mesmo insatisfeito, para não ter custo extra. Se o custo cobrado for alto poderá criar idêntica insatisfação e gerar uma fidelidade a contragosto do usuário. Da forma como o serviço vem sendo estruturado, ela admite que só serão beneficiadas as classes A/B e o mercado corporativo.

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