Na maioria das capitais do Norte e Nordeste, 5G ainda não tem previsão

O Grupo de Acompanhamento de Interferências da faixa de 3,5 GHz (Gaispi) confirmou em reunião nesta quinta-feira, 18, a liberação do espectro em Florianópolis, Palmas, Rio de Janeiro e Vitória, que poderão ativar o 5G a partir da próxima segunda-feira, 22. Porém, outras capitais – a maioria no Norte e Nordeste – ainda não têm previsão de quando terão a disponibilização da tecnologia.

Segundo o conselheiro da Anatel e presidente do Gaispi, Moisés Moreira, a Entidade Administradora da Faixa (EAF) não repassou nenhuma informação a respeito de um possível cronograma das próximas cidades. "Não temos ainda nenhuma capital em estágio adiantado", colocou ele em coletiva de imprensa online. 

Questionado sobre a proeminência de capitais das regiões Norte (seis: Porto Velho, Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Manaus e Belém) e Nordeste (sete cidades: Recife, Fortaleza, Natal, Aracaju, Maceió, Teresina e São Luís) que terão o 5G adiado, o conselheiro reiterou que o edital não coloca priorização de cidades, e que isso não seria uma decisão das operadoras. "É a própria EAF que vai identificando e limpando [a faixa de 3,5 GHz]. Não sei porque priorizou capitais, mas certamente é por logística e para acelerar o processo", destacou.  

É uma questão também de o Conselho Diretor aprovar o pedido do Gaispi de prorrogar por mais 60 dias a limpeza da faixa e ativação do 5G. Conforme antecipado por TELETIME, a matéria está sob relatoria do conselheiro Vicente Aquino, e a expectativa de Moreira é que seja pautada "até o final do mês" – que é o prazo necessário, uma vez que há o vencimento do cumprimento das obrigações do edital no dia 29 de agosto caso não seja adiado. De todo modo, a próxima reunião ordinária do Gaispi acontecerá no dia 14 de setembro.

Ativação

Nas capitais onde a faixa estará disponível, novamente as operadoras ultrapassaram a quantidade mínima exigida de estações radiobase (ERBs), pelo menos dobrando a meta da obrigação. Confira:

Conforme explicou o superintendente de de outorga e recursos à prestação (SOR) da Anatel e coordenador do Gaispi, Vinícius Caram, essas antenas têm sido cadastradas pelas operadoras como híbridas – ou seja, disponíveis tanto para a tecnologia 5G standalone como para não standalone.