O órgão administrativo de telecomunicações e informação do departamento de comércio dos Estados Unidos (NTIA) confirmou na noite da segunda-feira, 17, que vai estender o contrato com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) por pelo menos mais um ano, sendo possível renovação. O acordo, válido para a prestação das funções técnicas da Internet Assigned Numbers Authority (IANA), deveria expirar em 30 de setembro próximo, mas a NTIA entendeu que ficou "cada vez mais aparente nos últimos meses que a comunidade precisa de mais tempo para completar seu trabalho".
Em post no blog oficial, o administrador da NTIA, Lawrence Strickling, confirmou que as entidades que estão elaborando a proposta da transição da tutela das funções da IANA para o modelo multissetorial já tinham dito em maio: que o processo pode demorar até pelo menos setembro do ano que vem. Com isso, a entidade do departamento do comércio dos EUA encaminhou para o congresso americano na última sexta, 14, o plano de estender o contrato com a ICANN. "Além de 2016, temos opções de estender o contrato para até três anos adicionais, caso necessário".
Apesar da possibilidade de demorar ainda mais do que o previsto, Strickling diz que os grupos já estão planejando a transição e já estão recebendo consultas com as propostas. Essa consulta pública segue em aberto.
Saída do gerenciamento da zona de raiz
Em paralelo a esse movimento, Strickling também pediu à ICANN e à subcontratante de certificados Verisign que submetam uma proposta para detalhar a melhor maneira para remover o papel administrativo da própria NTIA no gerenciamento da zona de raiz. A ideia é que isso seja feito de maneira que garanta o DNS fique seguro, estável e com resiliência. No modelo atual, a Verisign edita e distribui o arquivo da zona de raiz após receber autorização do órgão administrativo. A proposta foi encaminhada, e o teste ocorrerá "em um ambiente paralelo para não interromper a operação atual". A NTIA não definiu quando esses testes acontecerão.