[Do Mobile Time] O total de roubos e furtos de celulares no Brasil caiu 4,7% em 2023 com 937,3 mil casos, ante 983,6 mil do ano anterior. A tendência é de queda de roubos e aumento de furtos.
Os dados foram publicados pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira, 18, um relatório que é baseado em dados e microdados polícias civis, secretariais estaduais, IBGE e proprietários.
Segundo trecho do documento, a movimentação criminosa equivale a dois aparelhos roubados ou furtados por minuto no último ano. Além disso, a instituição associa os roubos de celulares como "porta de entrada" do crime organizado para uma série de outros crimes virtuais.
Vale dizer, o relatório também mostrou um aumento de 13,5% em estelionatos eletrônicos com 235,3 mil ocorrências no ano passado, se comparado com 207 mil ocorrências de 2022.
Nos celulares, o estado com mais alta em roubos e furtos foi o Maranhão, que passou de 16,4 mil para 22 mil casos, um incremento de 34,5%. Por sua vez, o Acre foi aquele que mais teve redução (-35,5%), de 4,6 mil para 3 mil casos registrados.
Separando roubos e furtos
Se considerar apenas roubo de celular, ou seja, a ação criminosa a partir de violência ou ameaça (como assalto à mão armada), o Brasil teve uma redução de 10% em 2023, de 493 mil para 443 mil ocorrências.
O estado com mais alta de roubos novamente foi o Maranhão (+32%), de 11,7 mil para 15,5 mil registros, assim como o Acre é aquele que teve maior queda (-51%), de 3 mil para 1,4 mil.
Em furtos, o Brasil teve um aumento de 0,7%, ao passar de 490 mil para 494 mil ocorrências. Pernambuco foi o estado que mais cresceu em furtos, de 16,7 mil para 24 mil registros. E o Tocantins foi o estado com maior redução (-20%), de 3,4 mil para 2,7 mil registros.
Regiões
A instituição aponta ainda que quanto maior a população maior é a taxa de roubos e furtos:
- Cidades grandes (com mais de 500 mil pessoas) tiveram o equivalente a uma taxa de 1.050 subtrações por 100 mil habitantes;
- Nas médias (entre 100 mil e 500 mil) a taxa é de 433,6 por 100 mil habitantes;
- Nas pequenas (até 100 mil habitantes) a taxa é a menor, 178,7 por 100 mil habitantes.
A capital com mais roubo e furto de celular é Manaus, com taxa de 2.096 por 100 mil habitantes. Mas 15 das cidades com maiores taxas de roubo e furto estão no estado de São Paulo, inclusive a capital, com 1,781 por 100 mil habitantes, que é a terceira com mais subtrações.
Hábitos criminosos
As marcas com mais registros de ações criminosas são Samsung (37,5%), Apple (25%), Motorola (23%) e Xiaomi (10%).
De acordo com o Anuário, os roubos ocorrem quando as pessoas estão saindo de casa e retornando do trabalho entre 5h e 7h da manhã e entre 18 e 22h, de segunda a sexta-feira, sendo que 78% em vias públicas. E 58% das vítimas são homens.
Em furtos, os crimes são mais frequentes aos finais de semana, entre 10h e 11h e entre 15h e 20h. As vias públicas também são o principal cenário das ações (44%), assim como estabelecimentos comerciais e financeiros (14%). Mulheres e homens são alvejados da mesma forma.