Setor de telemarketing diz que decisão da Senacon pode aumentar desemprego

Foto: Pixabay

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, 18, Fitratelp e Fittel, entidades que representam os trabalhadores do setor de telecomunicações e telemarketing, assim como seus Sindicatos filiados, manifestaram desagrado com a decisão do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) de suspender 180 empresas por prática de telemarketing abusivo. Segundo as federações, a medida pode gerar mais desemprego no setor, especialmente entre os jovens, já que favorece a entrada de jovens no mercado de trabalho.

"O Brasil enfrenta uma taxa de desemprego altíssima, com um número alarmante de brasileiros e brasileiras em situação de insegurança alimentar. Essa decisão vai gerar mais desemprego no segmento de telemarketing, um setor que favorece a entrada de jovens no mercado de trabalho. A Fitratelp, a Fittel e Sindicatos filiados repudiam com veemência essa decisão do Ministério da Justiça, por saber que o telemarketing abusivo, geralmente, é praticado por robôs e deve ser combatido, mas os empregos diretos dos trabalhadores devem ser preservados, humanizados e valorizados", afirmaram as entidades na nota.

Elas defendem ainda que é necessário combater a imposição de metas consideradas abusivas pelas entidades sindicais, "que exigem dos trabalhadores a insistência e invasividade no afã de alcançar resultados inatingíveis, a pretexto de conquistar metas de desempenho e manter seus empregos".

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As entidades argumentam que a decisão expõe o governo Jair Bolsonaro ao mostrar que não procura dialogar com as partes – empresas e trabalhadores –, antes de tomar decisões que, no entendimento das entidades, causarão prejuízos aos trabalhadores, bem como aos usuários e consumidores.

A decisão

Em ação coordenada pelo Ministério da Justiça por meio da Senacon, 180 empresas brasileiras de telemarketing estão com atividades suspensas a partir desta segunda-feira, 18, por ações de telemarketing abusivo. A medida é aplicada também às empresas de telecomunicações e instituições financeiras por serem os segmentos líderes do ranking das reclamações relativas às ligações indesejadas de telemarketing, segundo os dados constantes da plataforma do consumidor.gov.br.

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