Nesta quinta-feira, 19, a Telpart Participações, controladora da Telemig e Amazônia Celular, vai analisar as propostas recebidas esta semana pelas duas operadoras. A Telemig, que tem 30% de participação do mercado mineiro de telefonia celular, seria alvo de ofertas da Vivo, Claro e Oi. Para a Vivo o negócio é particularmente atraente para finalmente obter presença na região, além de resolver seu problema de roaming. A Claro ganharia liderança no número de clientes, e a Oi se aproveitaria da boa rentabilidade da Telemig.
O valor depende de como a Telpart vai precificar as ações ON, explica o analista Roger Oey, do Banif Primus. As ações de controle (um terço da empresa) e o pagamento de tag along são avaliados em torno de US$ 900 milhões. As ações PN que representam os dois terços restantes são avaliadas entre US$ 600 e US$ 700 milhões.
Beatriz Batelli, do banco Brascan avalia que o preço do assinante da Telemig Celular seria de US$ 430, consolidando um valor de venda de US$ 3 bilhões pela totalidade das ações (preferenciais e ordinárias). Um dos cenários possíveis, segundo a analista, é um prêmio de 25% pelas ações preferenciais com um tag along apertado, ou seja R$ 11,05 por ação ordinária e um tag along de R$ 9,02 por ação. Um segundo cenário possível é o não pagamento de prêmio pelas ações preferenciais e um pagamento maior para as ordinárias. Para a analista, tanto os fundos quanto o Opportunity têm intenção de venda. As ações da Telemig Participações ON e PN fecharam em queda hoje na Bovespa: – 3,11% e – 2,99% respectivamente. A ON fechou a R$ 10,60 e a PN em R$ 5,18.
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