A 360Networks, operadora de serviço limitado especializado (SLE), tem a mesma posição que a Intelig e acredita que a Emergia não possa oferecer serviços de cabos submarinos antes que Telefônica cumpra as metas estabelecidas pela Anatel. "Como ambas são do mesmo grupo (Telefónica de España), fica claro na Lei Geral de Telecomunicações que a Emergia só poderia atuar quando as metas estivessem cumpridas. Não digo isso porque ela é minha concorrente, mas porque é lei", afirma Ulrich Kuhn, diretor geral da 360Netwoks no Brasil. Embora concorde com o pedido de investigação feito pela Intelig, Kuhn deixa claro que não está acusando a Emergia de utilizar seus próprios cabos submarinos para facilitar o tráfego internacional da Telefônica e, com isto, fazer concorrência desleal. "Isso deve ser investigado pela Anatel, o que passa pelos cabos da Emergia eu não sei", conclui. Outra fornecedora de cabos submarinos, a Global Crossing, e a própria Telefônica, não quiseram se manifestar sobre o assunto.