Huawei volta ao mercado de smartphones no Brasil com loja e dobráveis de até R$ 33 mil

Andy Fang, CEO da Huawei BRazil Device Group, no lançamento do Mate XT no Brasil

A Huawei Brasil marcou nesta terça, 17, sua volta ao mercado de dispositivos móveis no Brasil depois de alguns anos fora do mercado. A empresa decidiu marcar o seu retorno com uma estratégia agressiva, por enquanto baseada em dispositivos premium, o anúncio de uma loja conceito local e parceria com as operadoras de telecomunicações. No mesmo evento, a empresa também anunciou o lançamento de seu primeiro roteador Wi-Fi 7.

A volta da Huawei no mercado de dispositivos chegou com o impacto do lançamento do principal produto da empresa, o dispositivo dobrável de três telas Mate XT, que chega pelo preço de R$ 33 mil. Trata-se do produto mais inovador da chinesa e que, ao ser lançado no começo deste ano em Barcelona, serviu como um cartão de visitas para que a Huawei pudesse demonstrar como havia conseguido inovar na oferta de produtos ao consumidor mesmo diante das restrições impostas pelo governo norte-americano.

A versão mais simples, o Mate X6, de duas telas dobráveis, também foi anunciada no evento e chega por R$ 23 mil, sendo que o roteador Wi-Fi 7 Mesh X1 Pro vem por R$ 1,5 mil.

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Pelo menos na frente dos dispositivos, é uma chegada de impacto, até pelos valores elevados de produtos que, apesar de inovadores no hardware, terão o imenso desafio de vencer as barreiras de software. O Harmony OS, sistema operacional criado pela empresa em resposta às restrições colocadas ao uso do Android pelo governo dos Estados Unidos, até oferece compatibilidade com o sistema operacional do Google e todo o ecossistema de aplicativos, mas não de maneira direta: o usuário terá que utilizar alguns aplicativos específicos para fazer essa interface.

Também não foi anunciado pela empresa nenhum plano para a atualização ao Harmony Next, que em tese perde toda a compatibilidade, nem como será o desenvolvimento do ecossistema de aplicativos nativos, sobretudo os brasileiros. Hoje, o Brasil é não só um grande usuário de aplicativos como WhatsApp, Instagram e toda a linha de apps da Google, como o uso de aplicativos para serviços de governo, bancos e pagamentos por Pix é quase um imperativo para usuários de smartphones.

Mas a preocupação da Huawei, nesse momento, parece ser a de posicionar a empresa como capaz de entregar produtos de altíssima qualidade e níveis de inovações. A empresa, por enquanto, não está preocupada em atender a demanda por celulares de menor custo, para atender ao objetivo de massificação do 5G, tão demandado pelas operadoras.

Em outra frente, a Huawei também reforçou o portfólio de dispositivos vestíveis, como a linha de smartwatches da série Fit 4, (a partir de R$ 1,5 mil), Fit 4 Pro (a partir de R$ 2,5 mil) e Watch 5 (a partir de R$ 4,5 mil, mas podendo chegar a R$ 6 mil na versão mais completa).

Os preços finais da linha de smartwatches e smartphones foram apresentados ao final do evento por Andy Fang, CEO da Huawei Devices Group no Brasil, destacando a relevância do mercado brasileiro para a empresa, que já ajudou a colocar a Huawei no topo das empresas com maior venda de equipamentos "vestíveis" no País.

A empresa destacou a parceria com a Claro para o lançamento da linha de smartwatches já com a funcionalidade Claro Sync, que permite a utilização de uma mesma linha no celular e no relógio inteligente. Márcio Carvalho, CMO da empresa, disse que a Claro aposta nesse tipo de estratégia como diferencial de venda e incentivo para o uso das redes 5G, possibilitando que os clientes da operadora possam estar conectados em qualquer circunstância.

Destaque para ações de impacto

Um aspecto notável do evento de lançamento dos novos dispositivos, considerando que boa parte das empresas no mundo hoje tem evitado dar protagonismo ao tema, foi a preocupação da Huawei em destacar, no início do evento, as suas principais ações de sustentabilidade, responsabilidade social, inclusão e capacitação no Brasil.

HUawei ESG
Cintia Lima, diretora de relações públicas da Huawei, fala sobre as ações de sustentabilidade, inclusão e formação da empresa

Em apresentação feita pela diretora de relações públicas da Huawei no Brasil, Cintia Lima, a fabricante destacou o impacto de tecnologias da empresa, como a tecnologia de energia digital, que teriam proporcionado no Brasil um impacto equivalente ao plantio de 2,5 milhões de árvores.

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